O Ibovespa deve apresentar um desempenho fraco nesta terça-feira (7), com os investidores aproveitando para colocar no bolso os lucros dos últimos pregões. Nesta terça-feira, os pregões internacionais estão em baixa. As bolsas de Frankfurt e de Londres começaram o dia com quedas maiores que 1%.
O motivo para isso é a incerteza com relação à contenção da pandemia, especialmente nos Estados Unidos. A região metropolitana de Miami tornou-se, nesta manhã, a segunda grande área residencial americana a ter de retroceder nas medidas de abertura da economia. E o estado americano do Texas registrou, pelo oitavo dia consecutivo, um avanço no número de contaminados pelo coronavírus.
Os indicadores econômicos internacionais também não foram dos melhores. A Comissão Europeia anunciou uma projeção econômica pior para este ano. Como a reabertura econômica foi mais lenta do que o esperado, a projeção para os 19 países da Zona do Euro é de uma contração de 8,7% na economia em 2020, um resultado pior do que os 7,7% de queda previstos anteriormente.
Além disso, o Departamento de Estatísticas alemão divulgou na manhã desta terça-feira que a produção industrial germânica subiu 7,8% em maio. Apesar de ser um resultado melhor do que a queda de 17,5% registrada em abril, o resultado de maio ficou abaixo do previsto, que era de 10%. Essas notícias afetaram o humor dos investidores, que voltaram a duvidar de um retorno breve da atividade econômica aos níveis anteriores à pandemia.
As revisões de indicadores e as notícias de que a abertura das economias vem sendo acompanhada de um retorno das contaminações pelo coronavírus têm caído como bombas sobre o mercado acionário. Os prognósticos eram de que a queda dos juros e a injeção maciça de recursos nas economias funcionariam como um catalisador para altas sustentáveis das ações. No entanto, notícias ruins deterioram essas expectativas, e provocam movimentos de realização rápida dos lucros.
Indicadores
Os indicadores do mercado de trabalho mostram uma diminuição do pessimismo. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu para 56,7 pontos em junho, alta de 14,0 pontos ante maio. No bimestre maio-junho, esse indicador recuperou 33% das perdas registradas no bimestre março-abril, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Considerando-se a média móvel trimestral, o IAEmp recuou 8,6 pontos, para 46,4 pontos, mínimo da série histórica iniciada em 2008.
As notícias negativas no cenário econômico internacional justificam um movimento pontual de realização de lucros, que deve ocorrer nesta terça-feira. De qualquer forma, não se descarta a hipótese de um pregão de forte volatilidade.
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