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Bares e restaurantes do Rio de Janeiro voltam a receber clientes

Começou a vigorar nesta quinta-feira, 2, a autorização da prefeitura do Rio de Janeiro para que bares e restaurantes funcionem recebendo clientes – antes, eles podiam vender comida e bebida por meio de entrega ou a quem fosse buscar no estabelecimento, mas sem que o cliente pudesse consumir no local. Continuam proibidos bufês de self-service e música ao vivo. Os estabelecimentos precisam encerrar o expediente até as 23 horas, só podem receber metade da capacidade de público e a distância entre as mesas precisa ser de pelo menos dois metros.

Por volta das 12h30, nas primeiras horas após a medida entrar em vigor, o movimento em restaurantes da zona sul era pequeno, e a maioria dos clientes ainda chegava para buscar comida, sem a intenção de consumir no local.

“Não sabia que a partir de hoje pode comer aqui, mas ainda não vou me arriscar não. Prefiro comer em casa, sozinha, sem risco de alguém passar pela mesa falando e soltar algum perdigoto sobre minha comida”, ponderou a aposentada Vilma Esteves, de 64 anos, enquanto esperava uma “quentinha’ com panquecas em um restaurante da rua Rodolfo Dantas, em Copacabana (zona sul).

Donos e funcionários estavam ansiosos pelos clientes: “Espero que a situação volte logo ao normal, porque só com a entrega não estava dando pra ter lucro quase nenhum”, afirmou Manoel Botelho, sócio de um restaurante no mesmo bairro.

Embora seja necessária autorização específica para distribuir mesas e cadeiras pelas calçadas, em pelo menos cinco restaurantes quase vizinhos, em Copacabana, essa estratégia foi adotada. “Senão como vou anunciar que os clientes já podem sentar e consumir aqui?”, questionou o dono de um restaurante.

Além da nova regra para bares e restaurantes, também entraram em vigor hoje autorizações para a reabertura de quiosques nas praias, para a prática de exercícios na areia (usar cadeira e guarda-sol e permanecer parado na areia seguem proibidos), para a reabertura de academias de ginástica (cujos clientes precisam agendar horários) e para que salões de beleza ofereçam depilação e serviços de tintura nos cabelos (até então estavam autorizados cortes de cabelo, manicure e pedicure). Salões de tatuagem também podem reabrir.

Por Fábio Grellet

Estadão Conteúdo

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