Os juros futuros de longo prazo completaram nesta quarta-feira, 1º, a terceira sessão seguida de queda, ainda sustentada pela melhora do apetite por ativos de risco no exterior e percepção de que os piores efeitos da pandemia sobre a economia ficaram para trás. A ata do Federal Reserve, destaque da agenda da quarta-feira, não chegou a influenciar diretamente as taxas locais. Os vencimentos de curto prazo, também a exemplo das últimas sessões, pouco se moveram, sem noticiário ou agenda domésticos que pudessem mexer com as apostas para a Selic.
Algumas taxas renovaram mínimas históricas no fechamento. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 vem se sustentando abaixo dos 3% desde meados da semana passada e, desde então, renovando os pisos históricos, fechando hoje em 2,89%, de 2,922% ontem no ajuste. A do DI para janeiro de 2025 caiu de 5,683% para 5,61%, novo piso histórico. O DI para janeiro de 2027 fechou com taxa de 6,54%, nível mais baixo desde 5 de março (6,53%), de 6,613% ontem.
A quarta-feira não teve fatores decisivos que pudessem explicar o comportamento mais tranquilo do mercado, que é atribuído a um sentimento geral de acomodação, proporcionado pelos recentes indicadores de atividade, que vêm surpreendendo, mesmo em meio ao crescimento do número de casos de Covid pelo mundo. O noticiário em torno do lançamento de vacinas em vários países contra a doença contribui para a melhora do humor e, internamente, a crise política parece ter dado trégua. Por fim, a queda do dólar hoje abriu espaço à continuidade do alívio dos prêmios, mas, dada a volatilidade que o câmbio tem mostrado, o movimento não é tido como confiável e a cotação acima de R$ 5,30 ainda é considerada muito elevada.
Para Vitor Carvalho, sócio-gestor da LAIC-HFM, a perda de inclinação já deveria ter sido engatada desde o pós-Copom, na medida em que o Banco Central deixou claro que o espaço para novo corte da Selic é residual. “O DI longo já deveria vir caindo desde a ata, mas o mercado está insistindo na chance de queda da Selic em função da pandemia e da inflação bem comportada projetada para 2021”, disse, lembrando que algumas casas já estão com Selic perto de 1,5% no fim do ano e retração do PIB próxima a 10%.
Os vencimentos curtos continuam engessados, com oscilações de um ou dois pontos para cima e para baixo esta semana. “Este trecho não tem quase nada para cair. Temos sinais de melhora na atividade e uma política monetária já no modo superestimulativo. A única dúvida é mesmo quando será a virada da economia”, afirmou o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.
Por Denise Abarca
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