Press "Enter" to skip to content

Mercados internacionais permanecem sem sinal único após aprovação de lei de segurança em Hong Kong

(Foto: Shutterstock)

As negociações internacionais são fortemente impactadas pela aprovação de uma lei destinada a anular ameaças à segurança nacional em Hong Kong, rejeitando críticas ocidentais de que os esforços de Pequim reduzirão as liberdades no território. Os mercados asiáticos fecharam em alta, mas boa parte das bolsas europeias apresentou queda após o anúncio, enquanto outras tinham apenas leves crescimentos.

A legislação foi aprovada por altos legisladores chineses do parlamento, de acordo com Lau Siu-kai, consultor sênior de Pequim sobre a política de Hong Kong. Elaborada e aprovada em um processo mais rápido e menos transparente do que de costume, a lei provocou temores em grupos pró-democracia, empresas, escolas e na mídia acerca de seu potencial impacto.

Espera-se que o texto completo seja divulgado ainda nesta terça-feira. A lei pode entrar em vigor já na quarta-feira, 1º, quando o retorno de Hong Kong ao domínio chinês completa 23 anos.

Ásia e Oceania
As bolsas asiáticas fecharam em alta, após dados de atividade positivos da China ajudarem a distrair os investidores das tensões entre chineses e americanos em torno de Hong Kong. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,78% nesta terça, a 2.984,67 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,88%, a 1975,52 pontos.

Números oficiais de Pequim sugerem que a economia chinesa, a segunda maior do mundo, está se recuperando em ritmo mais rápido do que se esperava do choque do coronavírus. O índice de gerentes de compras (PMI, pela sigla em inglês) do setor industrial chinês subiu de 50,6 em maio para 50,9 em junho, contrariando expectativas de queda, tocando o maior patamar em três meses e mostrando expansão um pouco mais forte da manufatura. Já o PMI de serviços da China foi de 53,6 para 54,4 no mesmo período, atingindo o maior nível em sete meses.

Os PMIs favoráveis ajudaram a reduzir o impacto da notícia da China de que o Parlamento chinês aprovou uma polêmica nova lei de segurança nacional para Hong Kong. Em meio aos atritos entre Washington e Pequim, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, anunciou na segunda que o status especial de Hong Kong foi revogado.

Em outras partes da Ásia, o índice acionário japonês Nikkei teve alta de 1,33% em Tóquio, a 22.288,14 pontos, impulsionado por ações do segmento de eletrônicos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,71% em Seul, ajudado por papéis de fabricantes de cosméticos, o Hang Seng

avançou 0,52% em Hong Kong, a 24.427,19 pontos, e o Taiex se valorizou 0,68% em Taiwan, a 11.621,24 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul após o vice-presidente do RBA – como é conhecido o banco central do país -, Guy Debelle, dizer que a economia doméstica vai precisar de considerável suporte por um longo período ainda em meio à pandemia de coronavírus. O S&P/ASX 200 terminou o pregão em Sydney com alta de 1,43%, a 5.897,90 pontos.

Europa
As bolsas europeias abriram em alta nesta terça-feira, mas logo perderam força, após notícias mistas da China. Os últimos dados de atividade (PMIs) chineses surpreenderam positivamente. Por outro lado, a aprovação da nova lei de segurança nacional para Hong Kong é vista como um gesto que tende a agravar suas relações com os EUA.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido encolheu 2,2% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre do ano passado, registrando seu maior tombo desde a crise financeira mundial de 2008, segundo dados finais divulgados hoje pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. Em meados de maio, o ONS havia estimado uma queda menor, de 2%.

Na comparação anual, o PIB britânico sofreu contração de 1,7% entre janeiro e março, também um pouco maior do que o declínio calculado originalmente, de 1,6%.

Às 4h16 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,30%, mas a de Frankfurt subia 0,16% e a de Paris se valorizava 0,09%. Já em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 0,30%, 0,27% e 0,19%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta terça-feira, revertendo parte dos ganhos da sessão anterior, após a China apresentar dados de atividade (PMIs) melhores do que o esperado e aprovar a lei polêmica de segurança nacional para Hong Kong. Às 4h36 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para agosto caía 0,60% na Nymex, a US$ 39,46, enquanto o do Brent para setembro recuava 0,41% na ICE, a US$ 41,68. / COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES

Be First to Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *