De acordo com informações de mercado, a Marfrig (MRFG3) enviou um documento ao Ministro da Agricultura do Paraguai manifestando seu interesse em investir no mercado pecuário do país em breve.
Recentemente, a companhia desistiu de adquirir o Frigonorte, indústria paraguaia de carne bovina que passava por dificuldades financeiras e acabou fechando acordo com a Minerva. Enquanto a empresa paraguaia irá produzir a carne, a Minerva fará o serviço de vendas.
A Minerva (através da Athenas Food) é um dos principais players do país, com cerca de 45% da exportação paraguaia e, por conta disto, a notícia do acordo gerou um mal estar entre os pecuaristas, que temem uma possível concentração do setor e redução da concorrência.
Neste contexto, a pressão sobre o órgão de regulação no país vizinho aumentou, e muitos afirmam que a atitude da Marfrig visa “colocar lenha na fogueira” e tentar interferir no domínio da Minerva por lá.
A notícia pode ser positiva para a Marfrig (MRFG3) no curto prazo, pois o mercado frigorífico paraguaio costuma apresentar boas margens. Contudo, ainda não há nada materializado nesse sentido e por isso os analistas esperam impacto neutro nas ações da companhia. Da mesma forma, para a Minerva (BEEF3) ainda não há nada materializado na questão do seu recente acordo no país, o que não parece ameaçar o seu recente negócio.
No ano, as ações da Marfrig (MRFG3) avançam 26%, sexto melhor desempenho do índice Bovespa, enquanto a Minerva (BEEF3) recua 0,4 por cento, comparado à queda de 18,9% do Ibovespa no período.
Na América do Sul a Marfrig possui plantas na Argentina, no Uruguai e no Chile, além do Brasil. Agora, ela quer atacar o mercado do Paraguai, onde a concorrente Minerva possui presença destacada há bastante tempo.
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