A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 14,4% na passagem de maio para junho deste ano, a terceira retração mensal consecutiva. Essa foi a maior queda do indicador na pesquisa nacional, iniciada em janeiro de 2010.
Na comparação com junho do ano passado, a queda chegou a 24,1%. Com os resultado, a intenção de consumo chegou a 69,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o menor patamar desde julho de 2016.
Segundo a CNC, o índice está abaixo do nível de satisfação, que é de 100 pontos ou mais, desde 2015.
Na comparação com maio, os sete componentes do indicador tiveram queda, com destaque para o momento para a compra de bens duráveis (-23%) e para a perspectiva profissional (-19,7%).
Esses dois componentes também foram destaques negativos na comparação com junho de 2019: momento para duráveis (-36,4%) e perspectiva profissional (-31,8%). Nesse tipo de comparação, o único componente em alta foi acesso ao crédito (1,1%).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca os impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) na intenção de consumo das famílias. “Essa insatisfação na expectativa de consumir corrobora os novos hábitos de compra dos brasileiros, demonstrados, no momento atual, com as famílias mais cautelosas com a sua renda, tanto no curto prazo quanto em relação ao ano passado”.
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