As Bolsas da Ásia e Pacífico fecharam em baixa nesta segunda-feira, 29, à medida que a disseminação do coronavírus freou o recente otimismo com a recuperação da economia global.
O coronavírus atingiu dois marcos globais n o domingo, 28, com mais de 10 milhões de pessoas infectadas e mais de 500 mil mortos. Além disso, o mundo registrou número recorde de novos casos de covid-19 em 24 horas, assim como os Estados Unidos, onde a doença se alastra de forma mais agressiva.
O mau humor generalizado deixou em segundo plano um novo indício de que a economia chinesa continua se recuperando do choque do coronavírus. Em maio, o lucro de grandes empresas industriais da China cresceu 6% na comparação anual, assegurando o primeiro ganho em 2020 e revertendo queda de 4,3% do mês anterior, segundo dados publicados no fim de semana.
O índice acionário japonês Nikkei liderou as perdas na região asiática, com queda de 2,30% em Tóquio, a 21.995,04 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 1,93% em Seul, a 2.093,48 pontos, e o Hang Seng recuou 1,01% em Hong Kong, a 24.301,28 pontos.
Na China continental, cujos mercados voltaram a operar após dois dias de feriados, as perdas foram mais moderadas: o Xangai Composto se desvalorizou 0,61%, a 2.961,52 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,44%, a 1.939,12 pontos. Também na volta de feriados, o Taiex caiu 1,01% em Taiwan, a 11.542,62 pontos.
Na Oceania, a Bolsa australiana terminou o pregão no menor nível em duas semanas, reagindo também a um aumento doméstico de infecções por coronavírus. O S&P/ASX 200 recuou 1,51% em Sydney, a 5.815,00 pontos.
Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram em baixa nesta segunda-feira, mas se recuperaram já nos primeiros minutos de negócios, com investidores acompanhando a disseminação do coronavírus pelo mundo e, em particular, nos EUA. Às 4h14, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,17%, a de Frankfurt avançava 0,63% e a de Paris se valorizava 0,18%. Já em Milão e Madri, os ganhos eram de 0,90% e 0,48%, respectivamente. Exceção, a de Lisboa caía 0,05%.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta segunda-feira, ampliando perdas da semana passada, em meio a temores de que o recente salto nos casos de coronavírus nos EUA interrompa a recuperação inicial da demanda pela commodity. Ontem, a doença ultrapassou as marcas globais de 10 milhões de infectados e de 500 mil mortos. Às 4h33 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para agosto caía 1,64% na Nymex, a US$ 37,86, enquanto o do Brent para setembro recuava 1,42% na ICE, a US$ 40,35.
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