Categories: Economia

BC: Rocha destaca continuidade na redução de juro médio das concessões de crédito

O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta sexta-feira a continuidade na redução das taxas de juros médias das concessões de crédito em maio. A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 21,5% ao ano em abril para 20,4% ao ano em maio. Em maio de 2019, estava em 24,9%. “Essa é a taxa de juros mais baixa da série histórica do BC, e reflete o ciclo de redução da Selic”, afirmou.

No crédito livre, a taxa média de juros caiu de 31,3% ao ano em abril para 29,5% ao ano em maio, informou mais cedo Banco Central. Em maio de 2019, essa taxa estava em 37,9% ao ano.

Pessoas jurídicas

Fernando Rocha destacou também que o aumento de 0,3% no estoque de crédito total do Sistema Financeiro Nacional (SFN) em maio ocorreu principalmente nos saldos para empresas, com alta de 0,7%, enquanto os saldos de crédito para famílias ficaram estáveis.

“Nos últimos 12 meses, a carteira de pessoas jurídicas cresceu 10,3%, enquanto a carteira de pessoas físicas cresceu 8,5%. Esse desempenho recente tem a ver com a necessidade que foi criada pela crise e as reações a ela. As empresas demandaram e obtiveram mais crédito”, avaliou.

Considerando apenas as operações com recursos livres, o saldo total aumentou 0,1% em maio, com alta de 0,7% para empresas e queda de 0,5% para famílias. “As linhas de capital de giro têm sido muito acessadas pelas companhias como uma forma de obter recursos para fazer frente aos desafios da crise”, completou.

Dentro do capital de giro, Rocha destacou o crescimento de 16,8% em maio e de 102,8% nos últimos três meses – março a maio – nas operações com prazo inferior a 365 dias, chegando a R$ 68,326 bilhões. “É consenso de que fevereiro foi o último mês antes da pandemia do novo coronavírus. Desde então as empresas demandaram essa linha como forma de ter mais fôlego financeiro”, apontou. Já no capital de giro com prazo acima de 365 dias, a alta nos saldos foi de 3,6% em maio e 10,8% nos últimos três meses.

Rocha comentou ainda que a desvalorização cambial tornou atrativas as linhas de crédito com garantia de exportação. Os saldos do financiamento às exportações cresceram 2,2% em maio e 27,8% nos últimos três meses, chegando a R$ 142,477 bilhões. Já os saldos de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) caíram 2,2% em maio, mas sustentam alta de 33,8% nos últimos três meses.

Por Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Bank of America tem no 4º trimestre de 2024 lucro de US$ 6,7 bilhões

O Bank of America (BofA) teve lucro líquido de US$ 6,7 bilhões no quarto trimestre…

59 minutos ago

Superintendência do Cade aprova aquisição do Imepac pela Clariens Educação, do Mubadala

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição do…

1 hora ago

UnitedHealth supera previsão de lucro, mas decepciona em receita

A UnitedHealth teve lucro líquido de US$ 5,78 bilhões no quarto trimestre de 2024, um…

1 hora ago

Lula sanciona lei das cooperativas de seguros e associações de proteção patrimonial

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou, com um veto, a lei…

2 horas ago

Companhia Saudita anuncia plano de investir R$ 8 bilhões no Brasil

A Ma'aden, maior companhia de mineração e metais da Arábia Saudita, com investimentos em diversos…

2 horas ago

TikTok pode encerrar operações nos EUA já neste domingo; entenda

O TikTok planeja encerrar a operação nos Estados Unidos no dia 19 de janeiro, um…

12 horas ago