Com o apoio dos pares em Nova York, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, terminou o pregão desta quinta-feira, 25, com ganho de 1,7o%, aos 95.983,09 pontos. O dólar também foi beneficiado pelo tom positivo dos índices americanos e fechou com alta marginal de 0,19%, a R$ 5,3334. No mercado local, o investidor analisou a aprovação do novo marco do saneamento pelo Senado e também acompanhou de perto o cenário político do País.
A agenda intensa da manhã no mercado local deixou em segundo plano as preocupações com a possível segunda onda do coronavírus no exterior. Por aqui, os investidores analisavam a aprovação do novo marco do saneamento, com a perspectiva de a medida trará mais investimentos no País.
No entanto, indicadores negativos também ganharam espaço. O Banco Central projetou hoje uma nova queda para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, com retração de 6,4%. Já a prévia da inflação de junho, medida pelo IPCA-15, se manteve estável e subiu apenas 0,02%, no menor resultado para o mês desde 2006, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Porém, a agenda econômica esvaziada no final da tarde, permitiu que o noticiário político ganhasse mais espaço. Nesta quinta, a Justiça do Rio aceitou um habeas corpus apresentado pela defesa do Flávio Bolsonaro, que permite ao senador ser julgado em segunda instância no Caso Queiroz. Enquanto isso, Bolsonaro anunciou Carlos Decotelli para o Ministério da Educação, nome que agradou as mesas de câmbio.
No meio da tarde, em sintonia com a movimentação política, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, recuava e tinha apenas ganho marginal, em torno de 0,7%. Na mínima do dia, por volta das 14h, a B3 cedia aos 94 mil pontos – na máxima, já no final do pregão e em sintonia com NY, ela subia 2%, aos 96.259,70 pontos.
Com os resultados de hoje, a B3 cede apenas 0,61% na semana, mas ainda sobe 9,82% no mês. No ano, as perdas são de 17%. Entre as ações ganhadoras, estão Petrobrás ON e PN, com 2,10% e 2,24% cada. Já CCR e Weg subiram 9,03% e 6,88%, respectivamente. Do outro lado, Sabesp cedeu 1,33%, travando os lucros após a aprovação do marco do saneamento.
Câmbio
O mercado de câmbio teve um dia ajuste, após a moeda subir 3,3% na última quarta-feira, 24. Na comparação com outras emergentes, o dólar operou sem direção única, mas se mostrou forte ante o real durante a sessão de hoje. Na máxima do dia, a moeda subia ao patamar de R$ 5,38.
Contudo, entre os operadores de câmbio, não há expectativa para que a moeda recue tão cedo. O cenário político incerto, a economia enfraquecida, a queda dos juros e a deterioração fiscal devem fazer o dólar testar valores perto de R$ 5,40 no curto prazo, devendo ficar na casa dos R$ 5,30 no terceiro semestre.
Bolsas do exterior
Em Nova York, as Bolsas aceleraram no final do pregão e conseguiram terminar a quinta-feira com ganhos consistentes. Nasdaq e S&P 500 encerraram com alta de 1,09%, enquanto o Dow Jones avançou 1,17%. Por lá, o cenário melhorou após os EUA mudar o funcionamento da Regra de Volcker, medida de proteção criada depois da crise de 2008, que bloqueava dezenas de bilhões de dólares dos bancos. Com a alteração, mais dinheiro passará a circular nas instituições financeiras.
Na Ásia, os mercados refletiram a mais recente investida de Donald Trump com a União Europeia, após o presidente dos EUA ameaçar impor sanções de US$ 3,1 bilhões ao bloco econômico. Em resposta, o japonês Nikkei caiu 1,22%, enquanto o sul-coreano Kospi sofreu queda mais expressiva, de 2,27%. Na Oceania, a Bolsa australiana caiu 2,48%. Os mercados da China, Hong Kong e Taiwan não operaram devido a feriados locais.
Porém apesar da escalada das tensões com Washington, os mercados europeus fecharam em leve alta, após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar um programa de recompra para aumentar a liquidez do euro em bancos centrais fora do bloco econômico. Com isso, as Bolsas de Londres e Frankfurt subiram 0,38% e 0,69% cada, enquanto a Paris avançou 0,97%. Já Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 0,37%, 1,04% e 0,04%, respectivamente.
Petróleo
Apesar do cenário tenso, o petróleo conseguiu encontrar um espaço para ganhos na sessão desta quinta, apesar de ainda permanecer atento ao aumento de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos. Por lá, o Estado do Texas precisou cancelar o processo de reabertura, após o número de infectados pelo vírus crescer.
Com isso, o barril do WTI para agosto, referência no mercado americano, fechou em alta de 1,87%, a US$ 38,72. Já o Brent para o mesmo mês, referência no mercado europeu, avançou 1,84%, a US$ 41,05 o barril./MAIARA SANTIAGO, LUIS EDUARDO LEAL E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR
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