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Bolsas de NY fecham em alta superior a 1%, com bancos em destaque

As bolsas de Nova York fecharam com ganhos superiores a 1%, após um pregão volátil. Os mercados ganharam mais força à tarde, com o setor financeiro puxando o movimento após uma medida de alívio regulatório para bancos nos Estados Unidos.

Com isso, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,18%, a 25.745,60 pontos, o S&P 500 avançou 1,10%, a 3.083,76 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 1,09%, a 10.117,00 pontos. No S&P 500, o subíndice do setor financeiro liderou as altas (+2,71%), seguido pelo do setor de energia (+1,92%). Os papéis do Wells Fargo ganharam 4,79% e os do Goldman Sachs, 4,59%.

“As ações se consolidaram nesta quinta-feira, com o dilúvio das manchetes negativas da covid-19 ofuscado pela notícia de que os reguladores dos EUA relaxarão a Regra Volcker e permitirão que os bancos aumentem os investimentos em fundos de capital de risco”, comenta a diretora de estratégias cambiais da BK Asset Management, Kathy Lien.

Antes do anúncio sobre o setor bancário, o mercado acionário operava com cautela diante do aumento das infecções por covid-19 em Estados americanos que começaram cedo o processo de reabertura econômica. O governador do Texas, Greg Abbott, anunciou hoje que o estado vai pausar o processo de reabertura econômica por causa do aumento dos casos de coronavírus e de hospitalizações observados nos últimos dias.

A Capital Economics informou hoje que os novos surtos de covid-19 nos EUA representam um risco descendente para suas estimativas dos preços das ações listadas no S&P 500. “Mesmo assim, suspeitamos que a recente retração no S&P 500 terá vida curta, a menos que o aumento de novos casos comece a pesar bastante na economia”, afirma John Higgins, analista da consultoria britânica, em relatório.

Na visão da analista Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, “provavelmente, veremos uma correção para baixo mais profunda nos principais índices de ações”, devido ao avanço da pandemia.

Os investidores também mantém no radar a relação entre os EUA e a China. Hoje, o Senado americano aprovou uma legislação que prevê sanções a autoridades e empresas chinesas envolvidas na aplicação da lei de segurança nacional em Hong Kong. O projeto ainda precisa passar pela Câmara dos Representantes antes de ir à sanção de Trump.

Após o fechamento do mercado, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou os resultados de um teste de estresse do setor bancário dos EUA, no qual concluiu que os bancos estão preparados para suportar os impactos da crise. A instituição, no entanto, informou que vai reduzir o pagamento de dividendos e suspender as recompras de ações no terceiro trimestre do ano.

Por Gabriel Bueno da Costa e Iander Porcella

Estadão Conteúdo

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