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Jovem desmaia ao ser asfixiado por policial

Um jovem desmaiou após ser estrangulado durante abordagem da Polícia Militar em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os agentes envolvidos na ocorrência foram afastados.

Dois vídeos que denunciaram a ação violenta foram feitos por moradores e circularam em redes sociais anteontem. Nas imagens, os PMs abordam dois rapazes: um fica parado perto de um portão enquanto o outro é imobilizado por um agente.

No primeiro vídeo, o jovem – de camisa listrada, bermuda branca e chinelo – está caído na rua, próximo da guia da calçada, enquanto o PM pressiona o joelho contra o seu peito. “O moleque está tendo convulsão, olha lá”, diz a pessoa que grava a cena. No segundo vídeo, o mesmo rapaz está de pé, sofrendo o mata-leão. O PM só desfaz a imobilização após o jovem desmaiar. “Aqui é a polícia, meu. Tá achando que aqui é brincadeira?”

Segundo o secretário executivo da PM, coronel Álvaro Camilo, os agentes foram afastados das ruas. “Estamos avaliando as imagens para ver se foram usadas técnicas de defesa pessoal”, disse. “Os policiais estão afastados até para que a gente possa avaliar.” Uma sindicância foi aberta. Em nota, a PM disse que a dupla em uma moto foi abordada após desrespeitar a ordem de parada e colidir contra a viatura. O condutor “entrou em luta corporal com o PM”, tentou fugir, “e foi imobilizado com técnicas de defesa pessoal”. Depois, foi socorrido no pronto-socorro e levado à Polícia Civil.

Letalidade

O total de mortos em supostos confrontos com a PM atingiu recorde em abril, dado mais recente, durante a quarentena. A alta foi de 56%, ante abril de 2019. Na semana passada, um policial foi preso por suspeita de matar um jovem de 15 anos na zona sul de São Paulo.

Neste mês, porém, a produtividade caiu: as polícias prenderam menos, tiraram menos armas ilegais das ruas e registraram queda de ações contra o tráfico em abril. A gestão João Doria (PSDB) anunciou ontem treinamento para a cúpula da PM, para coibir abusos (mais informações nesta página). “Esses abusos se tornaram padrões de policiamento em bairros periféricos contra pobres”, diz o advogado Ariel de Castro Alves, do Conselho Estadual de Direitos Humanos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Felipe Resk, colaborou Marco Antônio Carvalho

Estadão Conteúdo

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