O Banco Central reiterou nesta terça-feira, 23, por meio da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), que eventual ajuste futuro na Selic (a taxa básica de juros) será apenas “residual”. Na semana passada, o colegiado do BC reduziu a Selic pela oitava vez consecutiva, em 0,75 ponto porcentual, de 3,00% para 2,25% ao ano.
Profissionais do mercado financeiro avaliaram, na ocasião, que a mensagem do BC deixava aberta a possibilidade de novo corte da Selic no encontro marcado para 4 e 5 de agosto. Porém, a mensagem do BC seria de que a taxa básica poderia recuar 0,25 ponto porcentual – este seria o “corte residual”.
“Neste momento, o Comitê considera que a magnitude do estímulo monetário já implementado parece compatível com os impactos econômicos da pandemia da covid-19”, registrou o BC na ata de hoje, em avaliação já publicada na semana passada. “Para as próximas reuniões, o comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual.”
O BC deixou claro, no entanto, que seguirá atento a revisões de cenário e expectativas de inflação. “O comitê reconhece que, em vista do cenário básico e do seu balanço de riscos, novas informações sobre a evolução da pandemia, assim como uma diminuição das incertezas no âmbito fiscal, serão essenciais para definir seus próximos passos”, registrou na ata agora divulgada.
Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
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