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Jurista Sylvio Capanema morre vítima da covid-19, no Rio

O jurista Sylvio Capanema, 82, morreu na madrugada deste sábado no Rio, vítima do novo coronavírus. Ele estava internado no Hospital Copa Star, na zona sul do Rio, que confirmou a morte, sem maiores detalhes. Desembargador aposentado, Capanema foi advogado, professor de Direito Civil e um dos autores do projeto de lei que resultou na Lei do Inquilinato (8.245/91).

Em uma rede social, a família de Capanema agradeceu as demonstrações de carinho recebidas durante os quase três meses nos quais ele ficou internado, lutando contra a doença. Ele era pai dos juízes do TJ-RJ Marcia Santos Capanema de Souza, João Paulo Knack Capanema de Souza e Flávia Santos Capanema de Souza.

A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro divulgou nota lamentando a morte. “Com pesar, a AMAERJ comunica aos associados a morte do desembargador aposentado Sylvio Capanema de Souza, vítima do coronavírus. Notável magistrado, advogado e professor, ele foi vice-presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro)”, comunicou em seu site.

O governador do Rio, Wilson Witzel, prestou condolências à família em uma postagem no Twitter. Ex-juiz federal, ele afirmou que Capanema continuará sendo uma referência no direito imobiliário brasileiro.

Natural do Rio, Capanema formou-se em 1960 pela Faculdade Nacional de Direito. De 1970 a 1994, exerceu o cargo de consultor jurídico da Associação dos Proprietários de Imóveis do Rio de Janeiro e da Confederação das Associações de Proprietários de Imóveis do Brasil. Foi também fundador da Associação dos Advogados do Direito Imobiliário (ABAMI).

Após 33 anos de atuação como advogado, ele ingressou na Magistratura do Estado do Rio de Janeiro em 1994, pelo quinto constitucional. No Tribunal de Justiça do Rio, Capanema atuou na 10ª Câmara Cível, junto ao atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux. Em abril de 2008, aposentou-se compulsoriamente, ao completar 70 anos.

“Procurei uma Justiça soberana, serena e forte. Esforcei-me em cada processo que julguei, tentando entender as partes, com seus medos e ambições. Fiz o possível para não ser um acomodado espectador da nova ordem jurídica”, afirmou, ao despedir-se do TJ-RJ. Depois disso, voltou a advogar e criou o escritório Sylvio Capanema de Souza Advogados Associados.

Por Mariana Durão

Estadão Conteúdo

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