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PetLove recebe aporte de R$ 125 milhões de fundo estrangeiro L. Catterton

Depois de receber um aporte de R$ 250 milhões do Softbank em abril, a PetLove – líder no e-commerce voltado para animais de estimação – recebe agora um novo investimento do fundo de private equity L. Catterton para desenvolver uma nova plataforma no segmento pet. Segundo apurou o Broadcast, o novo aporte, que vem em meio a uma crise global, será de R$ 125 milhões. O valor, porém, não foi divulgado oficialmente.

“Acreditamos fortemente no setor de consumo brasileiro, não apenas agora, mas nos últimos cinco anos. Seguimos apoiando o setor para os anos que virão”, afirmou em entrevista exclusiva a sócia da L. Catterton Latin America, Farah Khan. Ela diz que a escolha da empresa foi feita porque o fundo considera que a PetLove estar focada na plataforma digital e no segmento de tutores de animais de estimação é uma posição de vantagem.

Farah acredita que o momento atual é desafiador para o mundo todo e não apenas para o setor de consumo brasileiro. “Os próximos meses serão difíceis. Mas nós não somos investidores de curto prazo. Será um desafio no que diz respeito ao apetite do consumidor”, diz. Mesmo com o cenário desafiador, ela acredita que a empresa faz sentido no portfólio do fundo por ver o que a varejista pet já foi capaz de fazer e porque se trata de um setor essencial. “As pessoas continuarão a se alimentar e alimentar seus animais”, afirma.

Atualmente, o fundo tem em seu portfólio empresas brasileiras como o supermercado St Marche e a clínica de depilação Espaço Laser. Os investimentos no país, aliás, devem continuar. “Olhamos para questões políticas locais, estamos atentos. No entanto, nosso trabalho é buscar líderes no setor de consumo para investir. Olhamos para empresas de alimentação, bebidas e a PetLove como uma plataforma na área pet”, diz Farah. Ela afirma ainda que o fundo mantém conversas próximas com empresários e que novos aportes devem surgir.

A conversa com a PetLove, especificamente, já existe há cerca de quatro anos. “Sempre fomos abertos a conversar com investidores de fora”, diz o presidente da varejista pet, Marcio Waldman. Ele diz que com o novo investimento a empresa desenvolverá uma nova plataforma que conte com a possibilidade de contratação de serviços veterinários, passeadores e cuidadores. Além disso, a empresa deseja desenvolver o processo de retirada em lojas físicas de parceiros, o chamado “ship from store”.

“Durante a crise chegamos a ter dias com 300% a mais de vendas. Hoje vivemos um aumento de 30% em relação ao período pré-covid e de 100% em relação ao mesmo período do ano passado”, afirma Waldman, que se diz “muito satisfeito” com o momento da companhia.

Por Talita Nascimento

Estadão Conteúdo

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