O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta quinta-feira (18) que medidas adotadas recentemente pelo governo, como o Programa Nacional de Apoio às Micro e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), vão ajudar o crédito a fluir a empresas menores.
“Os programas darão garantia para o risco de crédito, para ajudar que o crédito flua para as menores”, disse Serra. O diretor do BC lembrou que, em medidas assim, ligadas a garantias de crédito, é preciso ter o apoio fiscal. “Você precisa do fiscal para dar garantia de crédito, precisa colocar no orçamento”, disse.
Serra reconheceu ainda que o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese) precisará passar por ajustes no Congresso para que a liberação de crédito às empresas aumente. Um dos pontos a ser discutido é a proibição de demissão de funcionários, pelas empresas, durante um período específico.
O diretor do BC pontuou, ao mesmo tempo, que dados do BC mostram que o porcentual de empresas que “demandaram o Pese e não foram atendidas é pequeno”.
Serra participa nesta quinta-feira do evento virtual “Medidas Emergenciais de Proteção às Empresas”, realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Teto de gastos
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, destacou, no evento virtual, que para o período após a pandemia do novo coronavírus o Brasil precisa preservar seu “pilar macrofiscal da economia”, que é o teto de gastos.
“A agenda de consolidação fiscal e de combate à má alocação de recursos está na raiz de todas as economias bem sucedidas”, pontuou. “A agenda pró-mercado estava dando resultado antes da crise e vai voltar a dar resultado”, acrescentou.
Bruno Serra, por sua vez, afirmou que o teto de gastos “é crucial” no Brasil. Segundo ele, o limite para gastos públicos é importante não apenas para o governo, mas também para os empreendedores. “Quem está empreendendo precisa ter confiança de que as coisas estarão no lugar. O tomador do crédito também precisa ter confiança para pegar aquele crédito”, exemplificou.
Sachsida defendeu ainda melhorias do programa de assistência social do País. “Temos que transferir dinheiro dos programas ineficientes para os programas eficientes. Isso vai melhorar, robustecer, nossos programas de assistência social.”
O secretário afirmou ainda que o desemprego vai aumentar após a crise, assim como as falências de empresas. Em função disso, conforme Sachsida, será preciso adotar políticas mais eficientes.
Ao tratar das ações do governo para sustentar as empresas durante a crise, Sachsida afirmou que, caso o crédito não chegue às micro e pequenas empresas, “novas medidas vão surgir”.
Por Fabrício de Castro
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