Economia

Bolsa fecha com alta de 2% em meio à expectativa por Copom; dólar fica a R$ 5,26

O apetite por riscos dos investidores se manteve alto no pregão desta quarta-feira, 17, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, motivado em grande parte pelo possível anúncio de corte da Selic pelo Copom. Em um pregão de ganhos, o índice encerrou com alta de 2,16%, aos 95.547,29 pontos. O bom humor, no entanto, não se aplicou ao dólar, que fechou cotado a R$ 5,2608, uma valorização de 0,51%.

Para o mercado financeiro, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, reduza a taxa básica de juros da economia, a Selic, para 2,25% ao ano – atualmente, ela já está a 3% ao ano, patamar mais baixo da história. A decisão, que vem para estimular a economia já paralisada pelo coronavírus, no entanto, será anunciada apenas quando o mercado já estiver fechado.

Nesse cenário, o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, conseguiu se manter estável no pregão desta terça, oscilando entre os 96 mil pontos. Na máxima da sessão, a B3 subia aos 96.611,40 pontos, em uma alta bem maior que os pares de Nova York, que teve apenas ganhos comedidos.

Com o índice fechando hoje na maior alta das últimas cinco sessões, a B3 acumula agora ganho de 9,32% no mês e de 2,97% na semana. Entre os maiores ganhos do pregão, está a Eletrobrás, com alta de 9,99%. Também subiram Yuduqs, com 7,12% e Cyrela, com 6,73%.

Câmbio
O cenário, no entanto, não é favorável para o dólar. Além da projeção de corte da Selic, que á prejudicial para a moeda, pois diminui os rendimentos para investidores estrangeiros e afasta a divisa do País, um novo discurso pessimista do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, colocou ainda mais pressão no câmbio. Hoje, ele voltou a falar das incertezas de uma recuperação rápida para a economia dos Estados Unidos. Mas deu uma noa notícia, ao anunciar que o Fed tem recursos à disposição para ajudar “se for necessário”.

Com a notícia, a moeda saltou da mínima do dia, cotada a R$ 5,1428, para a máxima da sessão, sendo negociada a R$ 5,3119. Este foi o sexto dia seguido de valorização da moeda, que já acumula ganho de 8% neste período./MAIARA SANTIAGO, LUÍS EDUARDO LEAL E ALTAMIRO SILVA JÚNIOR

Estadão Conteúdo

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