Economia

Com possível 2ª onda de covid-19, mercados internacionais têm queda generalizada

As Bolsas da Ásia fecharam em baixa generalizada nesta segunda-feira, 15, influenciadas por sinais de que o coronavírus voltou a ganhar força nos Estados Unidos e na China e na esteira de indicadores chineses de indústria e varejo que frustraram as expectativas.

Nos últimos dias, dezenas de casos de infecção por covid-19 foram registrados em Pequim, a capital chinesa, gerando temores de que o país onde o novo coronavírus teve origem possa sofrer uma segunda onda da doença. O mesmo temor vem assolando os EUA nas últimas semanas, após o aumento de casos em vários Estados que estão gradualmente revertendo medidas de restrição motivadas pelo vírus.

Também contribuiu para o mau humor na Ásia uma série de indicadores da China que ficaram aquém do esperado. Em maio, a produção industrial da segunda maior economia do mundo teve expansão anual de 4,4%, mas a previsão de analistas era de aumento de 5%. No mesmo período, as vendas no varejo caíram 2,8%, ante projeção de queda de 2%. Também decepcionaram os investimentos em ativos fixos, que recuaram 6,3% entre janeiro e maio em relação a igual período do ano passado. Neste caso, a projeção era de queda de 6%.

Bolsas da Ásia
O índice acionário sul-coreano Kospi liderou as perdas, com um tombo de 4,76% em Seul, a 2.030,82 pontos, seguido pelo japonês Nikkei, que caiu 3,47% em Tóquio, a 21.530,95 pontos. Na China continental, o Xangai Composto recuou 1,02%, a 2.890,03 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,29%, a 1.865,34 pontos. Já o Hang Seng se desvalorizou 2,16% em Hong Kong, a 23.776,95 pontos, enquanto o Taiex registrou queda de 1,08% em Taiwan, a 11.306,26 pontos.

Oceania
Na Oceania, a Bolsa australiana seguiu o tom negativo da Ásia, e o S&P/ASX caiu 2,19% em Sydney, a 5.719,80 pontos.

Bolsas da Europa
As Bolsas da Europa abriram em forte baixa nesta segunda-feira, em meio a temores gerados pelo recente aumento de casos de coronavírus em Estados dos EUA que estão em processo de reabertura econômica e pelo ressurgimento da doença em Pequim, capital da China. Além disso, os últimos números chineses de produção industrial e de vendas no varejo vieram abaixo das expectativas.

Às 4h10, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 2,16%, a de Frankfurt recuava 2,53% e a de Paris se desvalorizava 2,55%. Já em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 2,47%, 2,62% e 1,40%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em forte baixa na madrugada desta segunda-feira, ampliando perdas de mais de 8% da semana passada, em meio a sinais de que o coronavírus voltou a ganhar força nos EUA e na China e na esteira de indicadores chineses que ficaram abaixo das expectativas, fatores que comprometem a perspectiva de demanda pela commodity. Às 4h20 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para julho caía 4,36% na Nymex, a US$ 34,68, enquanto o do Brent para agosto recuava 3,02% na ICE, a US$ 37,56.

Estadão Conteúdo

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