Todas as atenções desta quarta-feira (10) estão voltadas para Washington, mais especificamente para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e seu presidente, Jerome Powell. Até agora, Powell e o Fed têm realizado um trabalho exemplar para preservar a saúde da economia americana (e, por tabela, o bem-estar da economia mundial) em tempos de pandemia. O receituário de baixar os juros e abrir ao máximo as torneiras da liquidez garantiu a solvência dos bancos e a saúde dos mercados acionários, e também pode ter tido um poderoso efeito benéfico sobre a economia real. Em maio, os Estados Unidos criaram 2,5 milhões de vagas, ante uma expectativa de 8,7 milhões de demissões. Agora, com o presente encaminhado, a pergunta de vários trilhões de dólares é: o que vem agora?
O mais importante, além da decisão sobre os juros – que deverá sinalizar a manutenção das taxas – é a divulgação das projeções macroeconômicas do Fed. A expectativa é que o BC americano vai indicar que espera uma contração da atividade econômica, o que justificaria tanto a manutenção das taxas de juros no patamar atual próximo de zero quanto a permanência da liquidez elevada. No entanto, a descrição de cargo de qualquer presidente de banco central exige uma postura cautelosa. Porém, qualquer declaração de Powell que possa ser interpretada como uma redução na disposição de manter a economia crescendo pode provocar ondas de turbulência nos mercados.
O Fed começou a baixar os juros e a expandir a liquidez em março, criando linhas de crédito para emprestar dinheiro a empresas americanas. No entanto, há um debate crescente dentro do Fed sobre até quando essa política deve ser mantida, e se é necessário divulgar metas para essa expansão. Em suma, se haverá uma sinalização sobre os próximos passos a ser dados pela autoridade monetária americana.
Indicadores
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve para balizar as metas de inflação, registrou novamente uma deflação (queda de preços) em maio. No mês passado os preços recuaram 0,38%, após terem caído 0,31% em abril. Foi o menor índice (ou a maior deflação) desde os 0,51% de queda registrados em agosto de 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do ano, o índice registrou uma deflação de 0,16%. Já nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 1,88%. O resultado está bem abaixo da meta de inflação de 4% do governo para 2020, que tem tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A causa da deflação foi a queda de 4,56% nos preços dos combustíveis, além da baixa de 27,14% nos preços das passagens aéreas. A inflação dos alimentos também desacelerou. Os preços subiram 0,24% em maio após terem subido 1,79% em abril.
Mesmo atento às notícias que devem vir de Washington no início da tarde, os investidores permanecem otimistas. Os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 começam o dia no terreno positivo.
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