Categories: Economia

Indicador Antecedente de Emprego da FGV registra alta em maio

Após atingir o mínimo histórico em abril e acumular perda de 52,6 pontos no trimestre de fevereiro a abril, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 3,0 pontos em maio e atingiu 42,7 pontos. De acordo com a FGV, em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 16,4 pontos, passando a 55,0 pontos.

Após atingir o menor nível desde 2008 em abril, o IAEmp registrou, em maio, variação positiva. Para o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação (FGV-IBRE) Rodolpho Tobler, apesar de ter sido positivo em maio, depois de atingir em abril o menor nível desde 2008, o resultado pode ser interpretado como uma acomodação do índice em patamar muito baixo, considerando que esse ainda é o segundo menor valor da série.

“A elevada incerteza ainda não permite imaginar cenários de recuperação do mercado de trabalho no curto prazo, o que deve fazer com que o indicador continue registrando números baixos nos próximos meses”, avaliou Tobler.

ICD

O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) subiu 1,2 ponto em maio, alcançando 99,6 pontos. Segundo a FGV, esse é maior patamar desde outubro de 2018, quando atingiu 100,2 pontos. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, por isso, quanto maior o número, pior o resultado. 

Nas médias móveis trimestrais, o aumento é de 2,5 pontos chegando a 96,8 pontos. Na visão de Rodolpho Tobler, o indicador reflete tendência negativa do mercado de trabalho. “O ICD mantém, em maio, a tendência de piora no mercado de trabalho iniciada nos últimos meses. O resultado sugere que a taxa de desemprego deve sofrer impacto negativo já no segundo trimestre, e ainda sem indicações de reversão dessa tendência no curto/médio prazo”, observou.

Destaques

Ainda conforme a FGV, cinco dos sete componentes do IAEmp subiram em maio, o que sugere acomodação após o baque do mês anterior. Os que mais subiram no mês foram os indicadores de Emprego Previsto no setor de Serviços e de Tendência dos Negócios da Indústria. Na margem, respectivamente, variaram 5,6 pontos e 5,5 pontos. 

De acordo com a FGV, no mesmo período, o aumento do ICD foi influenciado por todas as quatro classes de renda familiar. A maior contribuição para o resultado foi dada pela classe familiar com renda até R$ 2.100 e pela classe com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800. Nessas classes, o Emprego Local Atual variou negativamente em 2,0 pontos e 1,4 ponto na margem.

IAEmp e ICD

Relacionado, positivamente, ao nível de emprego no país, o IAEmp é elaborado a partir da combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, e antecipa os rumos do mercado de trabalho no país. Já o ICD é construído com base nos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, do quesito da Sondagem do Consumidor que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho. Assim, o indicador capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, sem refletir, por exemplo, a diminuição da procura de emprego motivada por desalento. O ICD varia no mesmo sentido na taxa de desemprego.

Agência Brasil

Recent Posts

País pode virar referência em pagamentos internacionais com uso de cripto, dizem especialistas

O Brasil tem a oportunidade de ser referência em pagamentos internacionais, assim como já é…

20 horas ago

Deputado do agro quer comissão externa para ‘colocar dedo na ferida’ do Carrefour

Lideranças do agronegócio estão indignadas com a decisão do Carrefour de boicotar a carne do…

21 horas ago

Federação de Hotéis e Restaurantes de SP organiza boicote ao Carrefour

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) convocou empresários…

1 dia ago

Gol anuncia nova rota semanal entre Curitiba e Maringá

A Gol Linhas Aéreas anunciou o lançamento de uma nova rota que liga Curitiba (PR)…

2 dias ago

Governo de SP prevê R$ 1,3 bi em segurança viária para concessão da Nova Raposo

A concessão rodoviária do Lote Nova Raposo (São Paulo) vai a leilão na próxima quinta-feira,…

2 dias ago

Petróleo pode cair de US$ 5 a US$ 9 em 2025 com grande oferta e problemas da demanda

O preço do barril do petróleo tipo Brent tende a cair de US$ 5 a…

2 dias ago