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Covas ameaça trocar secretário se ônibus continuarem com passageiros em pé

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, deu um ultimato nesta segunda-feira, 8, ao secretário municipal de Transportes, Edson Caram. Em entrevista coletiva ao lado do governador, João Doria, ele disse que Caram tem até sexta-feira para resolver junto às empresas de ônibus o problema dos carros lotados. Caso contrário, o secretário será substituído.

A meta da Prefeitura é fazer com que os ônibus circulem com apenas com a capacidade de passageiros sentados, mas o que se viu nesta primeira segunda-feira depois da reabertura de concessionárias e escritórios foi passageiros em pé em pelo menos 5% das linhas, segundo o próprio prefeito, o que coloca em risco a saúde dos passageiros.

“Na sexta-feira, quando as concessionárias e escritórios puderam ser reabertos, tivemos 1,206 milhão de pessoas no transporte público municipal que não é muito diferente do que havíamos observado nas últimas quatro semanas. O secretário municipal de transportes havia garantido que nesta semana não haveria passageiro em pé. Hoje pela manhã o número que a gente tem é que 5% das linhas tinham passageiros em pé. O secretário tem até sexta-feira para conseguir fazer isso. Se até sexta-feira ele não conseguir, a partir da segunda-feira é outro secretário que vai fazer isso”, ameaçou Covas.

A falta de condições de distanciamento no transporte público tem sido usada por adversários do prefeito para questionar as ações de Covas na retomada das atividades econômicas. Eles questionam como a Prefeitura pode fazer exigências duras aos setores econômicos que querem reabrir, como a realização de testes em funcionários, se não garante condições nas linhas de ônibus.

Na coletiva, Covas anunciou a reabertura da primeira unidade do Descomplica na cidade desde o início da pandemia. Segundo o prefeito, depois da reabertura do Descomplica do Campo Limpo, realizada hoje, outras unidades voltarão a funcionar desde que cumpram exigências sanitárias como capacidade de atendimento de no máximo 20%, limite de quatro horas diárias, rodízio de funcionários, higienização frequente dos equipamentos, realização de testes em todos os funcionários e uso de termômetros para aferir a temperatura dos usuários.

Por Ricardo Galhardo

Estadão Conteúdo

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