A secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Patrícia Ellen, afirmou nesta quinta-feira, 4, que o governo do Estado precisa ser capaz de comunicar à população que o Plano São Paulo é um sistema de gestão da crise do coronavírus, e não um plano de reabertura econômica.
Em live promovida pelo banco BTG Pactual, a chefe da pasta explicou que a iniciativa divide as regiões do Estado e as classifica com base na taxa estimada de transmissão do vírus, na ocupação de leitos de UTI e na testagem. Patrícia lembrou que, da mesma forma que é possível flexibilizar o isolamento, o plano também prevê que o isolamento possa ser retomado caso seja necessário.
“O Plano São Paulo é uma forma de gestão regionalizada das medidas restritivas enquanto não há uma cura para a covid-19. Enquanto não houver essa cura, ele vai existir”, disse a secretária.
Ela lembrou que a flexibilização depende da manutenção de uma taxa de isolamento de 50% no Estado.
Também presente na live, a sócia da consultoria Oliver Wyman Ana Carla Abrão avaliou que o plano pode levar o Estado para um nível de economia pré-pandemia. “Esse plano quer garantir que a conquista de 70 dias de quarentena, em termos de vidas preservadas, não seja colocada a perder”, afirmou, elogiando a possibilidade de retorno ao isolamento caso a taxa de contágio avance em locais onde o distanciamento foi flexibilizado.
Por Cícero Cotrim e Francisco Carlos de Assis
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