Economia

Dólar volta a recuar e fecha a R$ 5,09, enquanto Bolsa encerra com alta de 2%

A rebertura de algumas das maiores economias do mundo, somado ao início do relaxamento no País, fez com que o dólar caísse perto dos R$ 5, algo visto apenas em março. Nesta quarta-feira, 3, a moeda fechou a R$ 5,0901, uma queda de 2,28%. A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, também foi favorecida e encerrou com alta de 2,15%, aos 93.002,14 pontos.

De forma geral, a aposta é na retomada após a reabertura, sobretudo na Europa e Ásia neste momento. Nos Estados Unidos, o fechamento de vagas no setor privado veio abaixo do esperado, apoiando o otimismo e deixando momentaneamente de lado as tensões EUA-China e o aumento dos protestos no país americano.

Já a produção industrial no Brasil confirmou a queda mais acentuada da série histórica do IBGE, ao recuar 18,8%, e embora tenha vindo acima da mediana das estimativas, ajuda a reforçar a perspectiva de corte da Selic.

Com o cenário apontando para a reabertura também no País, apesar do aumento dos casos de coronavírus, o investidor ficou mais disposto a correr riscos, beneficiando o Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro. Na máxima do dia, ele subia aos 93.710,05 pontos – algo que não se via desde o dia 9 de março. A B3 já conquistou o mais de 2,6 mil pontos, em sua quarta alta seguida.​

Câmbio
Na mínima, o dólar à vista caía 3,68%, a R$ 5,0171 – seu menor valor para uma cotação desde 26 de março e maior queda diária em dois anos. Apesar do movimento de desvalorização, a moeda ainda tem valorização superior a 30% no ano.

O Banco Central informou que a venda à vista de dólares ao mercado financeiro no mês de maio somou US$ 520 milhões. Durante o período, o BC atuou no mercado de câmbio para manter a disponibilidade de recursos, em meio à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Contexto local
O mercado põe na conta a sinalização do governo de dialogar com o Supremo Tribunal Federal (STF), além do descarte de um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o socorro financeiro a Estados e municípios deve ser pago até o próximo dia 9. Quanto à extensão do programa de ajuda aos entes, Maia disse que é preciso aguardar. O líder da Casa também afirmou nesta última hora que surpreendeu aos deputados o veto à liberação de uso de fundo de R$ 8,6 bilhões para a covid-19.

Contexto internacional
Os mercados vão mostrando mais um dia positivo, com os investidores dispostos a correr riscos. Há pouco, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, chegou a subir aos 93 mil pontos, coincidindo com a aceleração dos índices pares americanos, com a fala da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

Ela afirmou que os bancos centrais de países emergentes têm quantidades consideráveis de reservas e que é importante que todos os países sigam seu estímulo fiscal para garantir crescimento. Além disso, afirmou que é preciso aliviar a dívida de países pobres e que 73 nações estariam elegíveis ao alívio de dívida do G20./SIMONE CAVALCANTI E MAIARA SANTIAGO

Estadão Conteúdo

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