O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou nesta quinta-feira (28) que o governo estuda junto das agências reguladoras responsáveis novos procedimentos em aeroportos e aeronaves que busquem restabelecer a confiança do passageiro, que ficou fragilizada em razão da pandemia do novo coronavírus. “Nós vamos mudar muitos protocolos de aeroportos, da própria viagem, tem de mudar a experiência do passageiro, ele tem que perceber que pode fazer viagem em segurança”, disse.
“Estamos estudando com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quais serão os novos procedimentos no aeroporto para check-in, pré-embarque, para a fase do voo e fase pós-embarque. Precisamos transformar a experiência do passageiro para restabelecer a segurança nele”, afirmou Freitas em entrevista à jornalista Leda Nagle, feita em live nas redes sociais.
Para o ministro, a questão comportamental irá “governar” a velocidade de retomada no mercado de aviação. Reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) publicada na última sexta-feira (22) mostrou que, na visão de especialistas e do governo, a recuperação do setor aéreo passará pelo restabelecimento da confiança do consumidor.
Na semana passada, a Anvisa e a Anac já lançaram um novo documento de diretrizes para atualizar os procedimentos adotados em aeronaves e aeroportos em razão da pandemia. A nota técnica recomenda, por exemplo, que os aeroportos e as empresas aéreas passem a exigir dos tripulantes, trabalhadores e passageiros o uso de máscara de proteção.
A Anvisa também indica que os aeroportos organizem a circulação de pessoas nos terminais, estabelecendo uma distância de dois metros enquanto os clientes enquanto aguardam em filas ou sala de espera. Outra recomendação é suspender o serviço de bordo nos voos nacionais e, no caso de serem mantidos, que as companhias priorizem alimentos e bebidas em embalagens individuais higienizadas.
Durante a entrevista nesta quinta-feira, Freitas também comentou que o Brasil precisa ter um plano para a retomada gradual das atividades, para que isso seja feito com protocolos de segurança para a população e trabalhadores.
“Precisamos ter um plano agora para retomada gradual de atividades com segurança, quais serão os protocolos de retomada, como garante a segurança das pessoas, dos trabalhadores, para que possa fazer retomada”, disse.
O ministro ainda afirmou que uma questão que o preocupa é a velocidade de resposta para o País injetar “o mais rápido possível uma quantidade grande de investimento para gerar emprego”. Freitas é um dos idealizadores do Pró-Brasil, plano de recuperação social e econômica do País, que combina atração de recursos privados com investimentos públicos em obras de infraestrutura.
Por Amanda Pupo
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