O primeiro dia após o fim do “lockdown”, que restringiu a circulação de pessoas e proibiu a abertura de serviços não essenciais em 16 municípios paraenses, incluindo Belém, foi de movimentação intensa. Na capital paraense, ruas, feiras, mercados, supermercados e, sobretudo, o centro comercial e as periferias da cidade ficaram lotados. A segunda-feira foi marcada também por protestos e carreatas. O movimento foi dos comerciantes locais pedindo a reabertura dos estabelecimentos de segunda necessidade.
Durante a manhã, houve aglomerações em espaços públicos. Mesmo desrespeitando às novas regras, barbearias e salões de belezas abriram as portas. O movimento foi intenso mesmo com a fiscalização dos agentes da Ordem Pública e Guarda Municipal de Belém nas ruas. Alguns estabelecimentos, como lojas de confecções, foram fechados. Pessoas sem máscara também foram multadas.
O decreto que pôs fim ao “lockdown” foi publicado na noite de sábado. Como já havia sido informado pelo governador Helder Barbalho (MDB), as regras de isolamento social estão sendo abrandadas gradativamente. A Secretaria de Segurança Pública afirma que a média de isolamento atingida no Estado durante o “lockdown” foi de 50,18%. Para a infectologista Helena Brígido, professora da Universidade Federal do Pará, o afrouxamento foi precoce. “Foram somente 14 dias. A adesão não foi boa e ficou abaixo do recomendado nas cidades do País”. O Pará registra 2.372 óbitos e 26.077 casos da doença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Roberta Paraense, especial para o Estadão
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