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Mercado reage positivamente ao retorno dos operadores à Bolsa de Nova York 

(Foto: Shutterstock)

A volta do feriado nos Estados Unidos nesta terça-feira (26) marcou o retorno dos operadores ao pregão da Bolsa de Nova York. Ainda não é uma retomada das operações como elas eram antes da pandemia. Apenas um em cada quatro profissionais vai retornar, o uso de álcool gel e máscaras serão obrigatórios, e os profissionais se comprometeram por escrito a não processar a Bolsa caso sejam contaminados pelo coronavírus. No entanto, mesmo cautelosa, a volta do barulho ao pregão em Wall Street sinaliza que a economia mundial caminha para a volta à normalidade.

Há algumas boas razões para isso. A volta aos pregões vai além de algumas pessoas ocupando algumas centenas de metros quadrados no número 11 da Rua do Muro, a Wall Street. Representa uma volta da economia à normalidade, com sinais cada vez mais claros de retomada das atividades econômicas na Europa e nos Estados Unidos. Não por acaso, os principais índices asiáticos e europeus registraram fortes altas nesta manhã. Os investidores resolveram ignorar o aumento da tensão comercial entre Estados Unidos e China, com declarações duras dos dois lados do Oceano Pacífico.

A única questão pontual que pode afetar o comportamento do mercado nesta terça-feira (26) é a perspectiva para as empresas aéreas. Na noite de ontem, a Latam, maior companhia aérea da América Latina, solicitou recuperação judicial nos Estados Unidos, recorrendo ao Chapter 11 da lei de falências norte-americana, algo que a colombiana Avianca Holdings havia feito há cerca de duas semanas. A Latam havia deixado de honrar compromissos de uma de suas dívidas provocando o rebaixamento da sua nota junto às agências de classificação de risco de crédito Fitch e S&P. As operações brasileiras da Latam não foram afetadas.

Os American Depositary Receipts (ADR) da companhia abriram com uma forte queda de 40 por cento no mercado americano, e o fato pode provocar alguma volatilidade nas ações das companhias aéreas brasileiras, como Gol PN (GOLL4) e Azul PN (AZUL4).

De outro lado, uma notícia boa. As ações da farmacêutica americana Novavax sobem 20% o pré-mercado da Nasdaq, depois de a empresa ter anunciado que iniciou o primeiro estudo em humanos de sua vacina experimental contra o coronavírus. A empresa informou que planeja testar cerca de 130 pessoas saudáveis com idades entre 18 e 59 anos em dois locais na Austrália para o estudo. A expectativa é que os resultados iniciais saiam em julho, mostrando se a vacina é segura e eficaz. Se os resultados iniciais forem promissores, a Novavax deve realizar a segunda fase do estudo em vários países, incluindo os Estados Unidos.

Indicadores econômicos

Influenciada pela queda nos preços dos combustíveis, a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, medida pelo IPCA-15, registrou uma deflação (queda de preços) de 0,59%. Foi a maior queda mensal de preços já registrada desde o início do Plano Real, em 1994, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,35% e, em 12 meses, a variação acumulada foi de 1,96%.

Segundo o IBGE, a principal causa foi a queda de 8,51% nos preços da gasolina. Foi a segunda deflação consecutiva do IPCA-15, que havia registrado uma leve queda de 0,01% em abril. As quedas de 10,40% no etanol e de 5,50% no óleo diesel também pressionaram os preços para baixo. abaixo dos 2,92% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2019, a taxa foi de 0,35%.

A perspectiva de retomada das economias ao redor do mundo é o principal catalisado da alta dos mercados nesta manhã. Os investidores estão com um estado de espírito francamente otimista, propensos a ignorar ou a minimizar os riscos. Os contratos futuros de Ibovespa e de S&P 500 começam o dia com altas significativas.

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