Em recente relatório, o banco Santander também alertou que a manutenção da agenda reformista é essencial para o cenário de inflação baixa. No caso de um enfraquecimento dessa agenda, diz o relatório, a inflação poderia sofrer um processo de aceleração similar ao ocorrido em 2009-2016.
“Sem reformas fiscais e ajustes macroeconômicos, as dificuldades em se cumprir o teto constitucional de gastos podem levar a uma deterioração das perspectivas para dívida pública, contaminando assim as expectativas de inflação e outras variáveis macroeconômicas”, alertou relatório, assinado pela economista Ana Paula Vescovi, ex-secretária do Tesouro.
Durante esse período, especialmente de 2014 em diante, a inflação acelerou da faixa de 4%-6% para um pico de quase 11% em 2015-2016, mesmo com uma forte queda do PIB em 2015 e 2016.
No relatório, Ana Paula diz que os desafios da política fiscal brasileira são abundantes, assim como os riscos no radar, diante da pressão crescente por mais gastos públicos no próximo ano, o que deverá ganhar força após a inevitável deterioração adicional das condições do mercado de trabalho no curto prazo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Adriana Fernandes
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