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Exterior conduz queda do dólar, mas cautela local limita ajustes

O dólar segue em baixa no mercado à vista nesta terça-feira, 19. O ajuste acompanha a persistente desvalorização da moeda norte-americana no exterior em meio a uma realização de ganhos nas bolsas, após o rali ontem, e notícias relacionadas a países com moedas rivais. A agenda é vazia no Brasil, o que pode diminuir a liquidez no mercado durante o dia.

Na mínima, o dólar à vista chegou a cair abaixo de R$ 5,70, a R$ 5,6842 (-0,64%). No entanto, a moeda norte-americana abaixo desse patamar costuma atrair compradores, na medida em que a cautela com o cenário político doméstico prossegue e bancos continuam elevando suas projeções para o dólar, afirma um operador de uma corretora de câmbio. Mais cedo, o dólar à vista registrou máxima a R$ 5,7132 (-0,13%).

No exterior, é aguardada a participação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em audiência no Senado americano (11h). Nos mercados de moedas, o euro se fortalece depois de Alemanha e França anunciarem ontem um fundo conjunto de 500 bilhões de euros para combater a covid-19 e seus impactos, segundo o MUFG.

A libra esterlina avança frente ao dólar, depois de o Reino Unido anunciar um plano tarifário pós-Brexit e reagindo também a dados melhores do que o esperado do mercado de trabalho britânico. Entre outras divisas emergentes, a lira turca se fortalece ante o dólar após relatos de que o Banco Central da Turquia está próximo de garantir linhas de swap cambial, no total de US$ 20 bilhões, com o Banco do Japão (BoJ) e o Banco da Inglaterra (BoE). Se confirmada, a notícia pode impulsionar a lira nos próximos dias.

Mais cedo, o dólar chegou a subir ante o iene, após o BoJ convocar uma reunião extraordinária de política monetária para sexta-feira (22) para discutir a adoção de novas medidas de estímulos.

Às 9h35 desta terça, o dólar à vista caía 0,44%, a R$ 5,6947. O dólar junho recuava 0,50%, a R$ 5,6980. Até esse horário, a máxima desse contrato futuro ficou em R$ 5,7160 (0,17%) e, a mínima, em R$ 5,6855 (0,71%).

Mais cedo foi divulgado que o IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, caiu 0,47% na segunda quadrissemana de maio, ampliando a deflação de 0,40% observada na primeira quadrissemana deste mês.

Por Silvana Rocha

Estadão Conteúdo

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