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Braskem e Petrobras devem assinar novo contrato de nafta

Braskem (BRKM5) e Petrobras (PETR3/PETR4) podem estar perto de celebrar um novo contrato de fornecimento de nafta. As empresas estariam em vias de assinar um acordo de longo prazo ainda no primeiro semestre.

A estatal, segunda maior acionista da Braskem, é também sua principal fornecedora e a nafta ainda é a matéria-prima mais utilizada nas operações no Brasil. As fontes relataram que os termos são “positivos” e “equilibrados”.

Apesar da notícia veiculada, Braskem e Petrobras ainda não se manifestaram publicamente.

Em geral, os acordos de fornecimento de matéria-prima têm duração de cinco ou dez anos, com possibilidade de prorrogação por igual período, de forma que a crise atual não teria peso suficiente para influenciar o preço acertado.

Uma vez devidamente explicitado, o contrato deve ser positivo para ambas as partes, podendo influenciar os preços das ações de Petrobras (PETR3/PETR4) e da Braskem (BRKM5) no curto prazo. No entanto, como não há confirmação oficial, esperamos por um impacto neutro em suas ações em um primeiro momento.

Por outro lado, devido à alta nos preços do petróleo nesta terça-feira, com o barril do Brent aos US$ 35, analistas esperam alta no preço das ações no curto prazo.

O início das conversas em torno do novo contrato, que cobre mais de 10% de toda matéria-prima consumida pela Braskem, ainda em 2019, não teria sido amistoso. Mas as negociações voltaram a fluir depois da troca de comando na Braskem, que ocorreu em novembro, após a Petrobras fazer pressão sobre a sócia Odebrecht pela mudança.

Ao mesmo tempo, a estatal mantém o plano de vender parte de suas refinarias neste ano, apesar da crise desencadeada pela Covid-19. A garantia de contratação de derivados tende a valorizar esses ativos, o que também teria incentivado a busca por um entendimento sobre a nafta neste momento.

Apesar do momento de incerteza que o mundo vem enfrentando devido às complicações provocadas pelo Covid-19 a Petrobras mantém seu interesse na venda de sua participação da Braskem na bolsa de valores.

Hoje a petroleira tem 36,% da participação total da Braskem, sendo que outros 38,3% estão com a Odebrecht. O plano da Petrobras, é de unificar a classe de ações, hoje existem ações preferenciais e ordinárias da Braskem, com migração para o novo mercado e após isso realizar a venda de sua participação.

A venda de participação da Petrobras na Braskem é um catalisador importante para o preço das ações da petroleira estatal.

Em fevereiro iniciou-se uma conversa sobre uma possível migração da Braskem para o Novo Mercado da B3. Entretanto, o diálogo ainda não ganhou corpo, mas a ida ao Novo Mercado pode melhorar a imagem da Braskem diante do desgaste da Odebrecht.

Redação Mercado News

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