A taxa de desocupação dos jovens de 18 a 24 anos de idade alcançou 27,1% no primeiro trimestre de 2020, mais do que o dobro da taxa média global de 12,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A tendência foi a mesma em todas as cinco grandes regiões do País. O Nordeste registrou o pior desempenho, nessa faixa etária, a taxa de desemprego alcançou 34,1%.
“Em termos de idade, todo mundo teve crescimento na taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2020. Se não foi crescimento estatisticamente significativo, pelo menos houve tendência de crescimento. A faixa de 18 a 24 anos é aquela que apresenta a maior variação positiva dessa taxa”, afirmou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Boa parte desse trabalho temporário para o Natal é feito por essas pessoas de 18 a 24 anos. Então essa queda na ocupação para esse grupo de idade tem muito a ver com a sazonalidade do período”, justificou.
Na passagem do quarto trimestre de 2019 para o primeiro trimestre de 2020, o aumento na taxa de desocupação foi significativo nas cinco grandes regiões brasileiras: no Norte, passou de 10,6% para 11,9%; no Nordeste, de 13,6% para 15,6%; no Sudeste, de 11,4% para 12,4%; no Sul, de 6,8% para 7,5%; e no Centro-Oeste, de 9,3% para 10,6%.
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto foi de 20,4% no primeiro trimestre deste ano. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 14,0%. Entre as pessoas com nível superior completo, a taxa de desocupação foi de 6,3%.
Por Daniela Amorim
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