A produção industrial encolheu em 11 dos 15 locais pesquisados em março ante igual mês de 2019, mostram os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em São Paulo, maior parque industrial do País, a queda foi de 4,2%.
Também marcadas pela pandemia de covid-19, as quedas regionais ocorreram mesmo com “o efeito-calendário positivo, já que março de 2020 (22 dias) teve três dias úteis a mais do que março de 2019”, ressaltou o IBGE.
Santa Catarina (-15,6%), Espírito Santo (-14,2%), Rio Grande do Sul (-13,7%) e Ceará (-10,5%) assinalaram os recuos mais intensos na comparação de março com março de 2019, “pressionados, principalmente, pelas quedas observadas nos setores de confecção de artigos do vestuário e acessórios, metalurgia, máquinas e equipamentos, entre outros”.
Além de São Paulo, Amazonas (-5,7%) e Minas Gerais (-4,2%) também registraram perdas mais elevadas do que a média da indústria (-3,8%). Pará (-2,4%), Mato Grosso (-2,2%), Goiás (-1,2%) e Região Nordeste (-1,0%) completaram o conjunto de locais com índices negativos nesse mês.
Na contramão, Rio de Janeiro (9,4%) e Bahia (5,8%) apontaram os avanços mais intensos em março de 2020. Segundo a nota divulgada pelo IBGE, esses Estados foram “impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo das atividades de indústrias extrativas, no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, no segundo”. Paraná (1,6%) e Pernambuco (1,4%) mostraram as demais taxas positivas, informou o IBGE.
Por Vinicius Neder
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