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No Rio, Crivella amplia restrições para tentar conter avanço do coronavírus

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou nesta segunda-feira, 11, uma série de novas restrições para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus na capital fluminense. Classificadas pelo próprio prefeito como um “semi lockdown”, as medidas incluem a proibição do tráfego de pessoas e veículos em regiões centrais de alguns bairros das zonas norte e oeste, proibição de estacionamento junto à orla da zona sul, proibição de comércio nas favelas e até mesmo de se fazer apostas em casas lotéricas. Bares, lanchonetes e restaurantes da cidade só poderão funcionar em sistema de entrega, com as portas fechadas.

As medidas serão publicadas em decreto em edição extra do Diário Oficial desta segunda e passarão a vigorar já na terça, 12, com prazo de sete dias. “Nós verificamos que tivemos um aumento de casos (do novo coronavírus) agora nesse início de maio”, disse Crivella. “Todo nosso esforço até agora era para que tomássemos medidas equilibradas, para preservar vidas e, dentro do possível, preservar atividades essenciais no comércio.” O prefeito considerou que o município está tendo “bons resultados” no combate à propagação à pandemia, ainda que o próprio Crivella tenha reconhecido o crescimento nas curvas de infecção.

Dentre as medidas está a restrição na circulação de veículos nas regiões centrais de Santa Cruz, Madureira, Freguesia, Taquara, Realengo, Guaratiba, Tijuca (Praça Saens Peña), Grajaú, Méier, Pavuna e Cascadura. Apenas moradores poderão utilizar seus carros nesses locais. Praças e calçadões desses bairros, que têm registrado aglomeração de pessoas, serão fechadas.

Casas lotéricas de toda a cidade também terão suas atividades reduzidas. “Estamos proibindo as apostas na loterias”, determinou o prefeito. “Loterias funcionam dando benefícios, recebendo contas, mas sem aposta presencial. Aposta poderá ser feita pela internet”, completou, alegando que os locais vêm apresentando grande concentração de idosos.

Pelo novo decreto, bares, restaurantes e lanchonetes só poderão funcionar em esquema de entrega. As portas precisarão ficar fechadas. “Podem até funcionar, mas de porta fechada. Não pode ter cadeira na calçada, aglomeração, consumo no local”, esclareceu Crivella. Decreto anterior já estabelecia a proibição de consumo nesses estabelecimentos, mas diversos bares têm mantido suas portas abertas e oferecido consumo até mesmo de bebidas alcoólicas na calçada.

Nas favelas, só poderão funcionar as farmácias e supermercados. Qualquer outra atividade comercial deverá permanecer fechada.

Por Marcio Dolzan

Estadão Conteúdo

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