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Em dia de instabilidade, Bolsa fecha em queda, aos 79 mil pontos; dólar fica a R$ 5,82

(Foto: Shutterstock)

A instabilidade ditou o tom do mercado nesta segunda-feira, 11, que teve uma sessão de idas e vindas com a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechando em queda de 1,49%, aos 79.064,60 pontos. Nesse cenário, o dólar manteve o ritmo de apreciação e fechou com alta de 1,37%, a R$ 5,82. Impactaram os negócios hoje, os temores em torno do novo coronavírus e as previsões negativas para o futuro da economia do País.

O Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, começou o dia com queda de 0,60%, aos 79.785,39 pontos. Vale lembrar que na última sexta-feira, 8, o índice chegou a fechar aos 80 mil pontos. Na mínima do dia, às 16h45, a Bolsa caía aos 78.998,70 pontos. Já na máxima, às 10h43, bateu em 80.731,66 pontos.

A queda do índice só não foi maior nesta segunda, porque ações do setor financeiro continuavam a exibir ganhos que, segundo analistas, representam recuperação de perdas recentes.

Já o dólar começou o dia com alta de 0,71%, cotado a R$ 5,78. Nesse cenário, a moeda manteve o seu ritmo de valorização até ser cotada a R$ 5,80, já pelo final da manhã. Na parte da tarde, o dólar subiu mais um pouco até atingir a máxima de R$ 5,83 – valor próximo de R$ 5,84, atual recorde nominal (sem considerar a inflação) para um fechamento da moeda.

No entanto, não é só o real quem perde. O dia foi de alta quase generalizada do dólar ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities. Porém, o desempenho da moeda brasileira seguiu como sendo um dos mais fracos. Em razão disso, a moeda dos EUA já tem uma valorização de 45% em 2020 e de 7,4% em abril, frente ao real.

Já nas casas de câmbio de São Paulo, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o valor do dólar turismo varia entre R$ 5,94 e R$ 6,07.

Cenário local
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta manhã que reduziu a previsão para o PIB do Brasil em 2020 de alta de 2,50% para recuo de 4,2%. Em cenário mais pessimista, afirma a entidade, a queda do PIB poderia chegar a 7,3% este ano. Já o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, aponta que pelo menos uma instituição prevê queda de 9% na economia do País em 2020. A mediana das projeções dos analistas, no entanto, é de recuo de 4,11%.

E em meio a possibilidade de uma recessão, o governo continua buscando possíveis formas de conseguir aliviar os impactos do vírus na economia. Ainda nesta segunda, cresceu os rumores em torno de um possível pacote de socorro de até R$ 20 bilhões para as companhias aéreas e também as elétricas, algumas das mais afetadas pela pandemia.

No entanto, os temores em torno do coronavírus seguem preocupando os investidores. No último domingo, 10, novos dados do Ministério da Saúde mostraram que o País já tem mais de 11 mil mortes pela covid-19, sendo que o total de infectados já ultrapassa a casa dos 162 mil. Com o avanço da doença, os olhos dos investidores seguem atentos aos possíveis ‘lockdowns’ que ainda podem ser decretados em diferentes Estados e municípios do Brasil.

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