Fabricantes de veículos começam a retomar a produção de forma gradual, mas ainda há 55 fábricas paradas e 95 mil trabalhadores estão em casa, informa a Anfavea. Algumas voltam a operar ao longo deste mês e outras só em junho.
Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, afirma que a entidade ainda não tem uma previsão de mercado para este ano, mas a consultoria IHS Markit trabalha com projeção de 1,8 milhão de unidades. “Significa que vamos operar com ociosidade de 3 milhões de veículos, o que é uma situação dramática.”
A IHS também projeta que, no mundo todo, haverá sobra de cerca de 20 milhões de veículos neste ano, diante das expectativas de redução da produção global de 90 milhões para 70 milhões de veículos.
Com isso, aumenta o risco de o Brasil não receber novos projetos. A competição já existia e o País, segundo Moraes, já perdia em competitividade por problemas estruturais, tributários, logísticos e por burocracia.
“As montadoras que têm plantas nos diversos lugares do mundo, até por questão de sobrevivência vão olhar as fábricas que são mais competitivas”, afirma. “Mesmo tendo o dólar como contraponto, aumenta sim o risco de não recebermos projetos de novos veículos pois, no longo prazo, os países mais eficientes é que vão ganhar os projetos.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Cleide Silva
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