A Via Varejo (VVAR3) está preparando uma oferta subsequente de ações (follow-on) para captação primária de cerca de R$ 5 bilhões, segundo notícia veiculada na mídia. A oferta poderia ser viabilizada ainda em maio enquanto a companhia planeja aproveitar a alta de suas ações e os resultados que têm obtido em vendas durante a quarentena.
Sobre uma potencial oferta de ações, o presidente da empresa, Roberto Fulcherberguer, CEO, disse em uma conferência no fim de abril que “não é segredo que a empresa vinha pensando numa capitalização”. Apesar disso, ele complementou que a empresa já tinha um orçamento sem considerar captação.
A companhia afirmou através de fato relevante que “está atualmente avaliando a possibilidade de lançamento de uma oferta subsequente de ações”.
As captações da Magazine Luiza (MGLU3) e da B2W (BTOW3), pares do setor, foram importantes para ambas as companhias. A Via Varejo confirmou que está estudando realizar uma oferta de ações. Apesar de o momento atual não ser o ideal para uma captação de recursos, esperamos impacto positivo para as ações de Via Varejo (VVAR3) no curto prazo, pois a empresa resolveria a preocupação com o nível de endividamento e posição de liquidez.
Considerando que a dona do Ponto Frio e das Casas Bahia encerrou a última quinta (7) com o valor de mercado de 12,7 bilhões, a possível oferta de ações de R$ 5 bilhões seria de fato significativa.
A Via Varejo tem um vencimento relevante de dívida corporativa, uma nota promissória, no valor de R$ 1,5 bilhão em setembro de 2020.
A discussão em torno de uma oferta de ações do grupo já vinha desde janeiro, antes da atual crise gerada pela pandemia, e a expectativa era de que a operação seria concluída já no primeiro trimestre.
Os follow-ons realizados por Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3) reduziram significativamente suas respectivas alavancagens, medidas por meio do múltiplo Dívida Líquida/Ebitda 12 meses. Hoje, a Via Varejo detém a maior alavancagem do setor, com relação dívida líquida/Ebitda de 0,46x.
Com o surgimento da pandemia, o papel chegou a atingir a mínima de R$ 4,10 no dia 03 de abril. De lá para cá, animadas por declarações de seu CEO sobre os avanços do e-commerce da companhia em meio ao fechamento das lojas físicas, as ações da Via Varejo recuperaram grande parte da queda recente.
Considerando o preço de fechamento da última quinta (7), analistas classificam como impressionantes os 137,6% de alta desde a mínima recente no início de abril.
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