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Militares deixarão Ministério da Saúde após ‘guerra’ contra covid-19, diz Teich

O ministro da Saúde, Nelson Teich, disse nesta quinta-feira, 7, que militares deixarão cargos estratégicos do órgão após o “tempo de guerra” de enfrentamento à covid-19. “Essas pessoas não são definitivas. Conforme a situação voltar ao normal, essas pessoas vão voltar a seus lugares e pessoas não militares vão ser colocadas”, disse o ministro em reunião de comissão da Câmara dos Deputados sobre a pandemia.

“Esse momento é de guerra. Precisa entregar para ontem um volume gigante de entregas e necessidades da sociedade”, argumentou.

A ala militar do governo Jair Bolsonaro tem emplacado nomes em cargos estratégicos do ministério de Teich. O secretário-executivo do órgão, general Eduardo Pazuello, é apontado ironicamente por gestores do SUS como real chefe da Saúde no governo Bolsonaro. Além dele, há mais de uma dezena que já recebeu posto no ministério ou deverá ser nomeado nos próximos dias.

Uma das mudanças de maior impacto é a nomeação prevista do coronel Alexandre Martinelli Cerqueira a diretor de Logística (DLOG).

Cobrado mais de uma vez por deputados sobre o loteamento do ministério por nomes de fora da área da saúde, Teich defendeu as mudanças, mas afirmou que é o “líder” no órgão.

A composição da equipe de Teich na Saúde reflete articulações do governo Bolsonaro atrás de apoio. Além de militares, partidos do Centrão buscam emplacar nomes no órgão.

Bolsonaro

Teich voltou a evitar confronto com Bolsonaro. Ele calou-se sobre idas do presidente a manifestações e locais com aglomerações em plena pandemia da covid-19.

“Ele (Bolsonaro) está preocupado com o País e pessoas. O que eu posso garantir é que estou aqui para tratar das pessoas, passar por esse problema. Meu foco como ministro da Saúde é a sociedade, são as pessoas. Tudo o que a gente faz aqui é pela sociedade. Sempre”, disse Teich sobre Bolsonaro estimular aglomerações.

Distanciamento social

O ministro voltou a falar que há diretrizes da pasta sobre isolamento social, que incluem “lockdown”. Ele chegou a dizer que mostraria as diretrizes aos deputados, o que não foi feito. Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde disse que ainda analisa estes dados com representantes de Estados e municípios.

A gente tem desde medidas mais simples. Passam por distanciamento, higiene, álcool em gel, até situações que você vai ter que ter o lockdown”, disse.

Por Mateus Vargas

Estadão Conteúdo

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