O chefe do grupo de trabalho anticorrupção da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Drago Kos, afirmou que as revelações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro sobre tentativas de “interferência política” do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal podem ameaçar a candidatura do País na entrada da organização.
Em entrevista à Bloomberg, Kas afirmou que a OCDE ligou para autoridades brasileiras para saber “o que estava acontecendo” após o anúncio de demissão de Moro, que deixou o governo no dia 24 de abril após relatar pressões do presidente para mudar o comando da PF.
“Nossos estados membros são muito, muito rigorosos quando discutem adesões à OCDE. Por isso, espero que o Brasil use isso como uma oportunidade, mas se seguirem outro caminho, nossos estados membros saberão como lidar com isso”, disse. “Nós queremos ter a certeza absoluta de que o Brasil não está retrocedendo”.
Kos afirmou ao site norte-americano ter ficado “chocado” com a saída de Moro. No ano passado, os dois se encontraram em Brasília para discutir medidas anticorrupção adotadas pelo governo brasileiro que devem estar no padrão da organização.
O chefe do grupo de trabalho anticorrupção afirmou que espera que as autoridades brasileiras investiguem as alegações de Moro com o mesmo empenho que fizeram durante a Operação Lava Jato.
“Quando você vê uma pessoa como Moro deixar o Ministério da Justiça, você sabe que algo está terrivelmente errado”, disse. “No Brasil, eu encontrei com policiais, procuradores e especialistas muito qualificados que lidam com casos de corrupção. A pergunta agora é o quão livre eles estarão para fazer o seu trabalho?”.
Segundo o dirigente, uma videoconferência será realizada em junho para discutir, entre outros assuntos, a saída de Moro do governo. O tema principal do encontro é a candidatura brasileira, submetida em 2017 e que começou a andar no começo deste ano.
Por Paulo Roberto Netto
Numa sinalização de que as mineradoras e o poder público estão perto de chegar a…
A Johnson & Johnson abriu um terceiro pedido de falência, acionando o capítulo 11 da…
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, se reuniu com o ministro de Petróleo e Gás…
O segundo leilão de parcerias público-privada (PPP) para serviços de esgotamento sanitário da Companhia de…
A Saneamento Consultoria, grupo formado pelas empresas Aegea, Perfin e Kinea, arrematou o lote 1…
A Iguá Saneamento arrematou o lote 3 do leilão de parcerias público-privada (PPP) para serviços…