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Bolsas de NY fecham sem sinal único com reabertura, balanços, dados e Trump

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único, em pregão marcado por altas e baixas nos índices. Um sinal ruim do mercado de trabalho apoiou certa cautela com a economia dos Estados Unidos no início desta quarta-feira, 6, mas os sinais de retomada gradual da atividade continuaram a ser bem avaliados por investidores. Algumas ações reagiram após a divulgação de balanços, enquanto houve ainda atenção para uma declaração do presidente americano, Donald Trump, que fez as bolsas perderem fôlego na reta final.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,91%, em 23.664,64 pontos, o Nasdaq subiu 0,51%, a 8.854,39 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 0,70%, a 2.848,42 pontos.

Ainda antes da abertura, os índices futuros estavam em alta, mas perderam parte do impulso após o relatório de vagas no setor privado dos EUA. O ADP informou que foram cortadas 20,236 milhões de empregos em abril no setor privado no país, o que reforçou a cautela sobre o relatório de empregos (payroll) desta sexta-feira.

Mesmo assim, o início dos negócios foi positivo nas bolsas. General Motors foi destaque, fechando em alta de 2,96% após registrar lucro acima do esperado no primeiro trimestre. A GM disse ainda que trabalha para abrir boa parte de suas operações em fábricas nos EUA e no Canadá no dia 18 de maio. Por outro lado, a queda do petróleo pressionou ações de energia: ExxonMobil caiu 1,92% e ConocoPhillips, 1,05%. Entre outras ações importantes, Boeing recuou 2,82%, pressionando o índice Dow Jones, Citigroup perdeu 2,28% e Caterpillar, 1,14%.

O Nasdaq se saiu melhor, com papéis de tecnologia e serviços de comunicação em geral em alta: Apple subiu 1,03% e Microsoft, 0,98%. Facebook fechou em alta de 0,68%, Amazon teve ganho de 1,44%, mas Alphabet perdeu força na reta final e caiu 0,27%.

Mais para o fim do pregão, houve perda de força nas bolsas, com mínimas do Dow Jones e o S&P 500. O presidente americano, Donald Trump, disse que a China “pode ou não” cumprir o acordo comercial firmado anteriormente, em momento de tensões bilaterais por causa de acusações americanas de suposta responsabilidade de Pequim no surgimento e na disseminação do coronavírus.

A Capital Economics comenta, em relatório hoje, que o índice S&P 500 pode avançar ainda “um pouco mais”. Na avaliação da consultoria, mesmo com os estragos econômicos da pandemia, os bancos centrais têm mantido uma política muito relaxada, o que deve continuar a ocorrer durante anos, e isso apoia a demanda por ações. “Com tudo isso em mente, a força do S&P 500 pode não ser tão irracional quanto parece num primeiro momento”, argumenta.

Por Gabriel Bueno da Costa

Estadão Conteúdo

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