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Após ganhos, Bolsa fecha em queda, mas mantém os 80 mil pontos; dólar fica a R$ 5,43

Em meio a dados econômicos sendo divulgados em todo o mundo, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou em queda de 3,2% nesta quinta-feira, 30, aos 80.505,89 pontos, após encerrar em alta por três vezes consecutivas. Já o dólar voltou a subir e novamente superou o patamar de R$ 5,40 – após recuar nos últimos dias. Em resposta, a moeda terminou cotada a R$ 5,43, uma alta de 1,56%.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, já começou o dia com uma queda superior a 2,5%, aos 82 mil pontos. O continou continuou osclilando ao longo do dia, entre os 81 mil pontos e 82 mil pontos. Na mínima do dia, por volta das 16h, a Bolsa cedia aos 80 mil pontos. Apesar do resultado, no entanto, a B3 acumulou ganho de 10,25% no mês.

O dia também foi negativo para o dólar. A moeda, seguindo o ritmo de queda dos últimos fechamentos, começou o dia com um recuuo de quase 0,5%, cotado a R$ 5,33. O valor, no entanto, não se manteve baixo por muito tempo e ela logo tornou a subir ao patamar dos R$ 5,44. Até o momento, a máxima do dia foi de R$ 5,44.

A postura defensiva no mercado vista nesta quinta, é uma consequência direta dos balanços das empresas de todo o mundo – que estão sendo divulgados hoje -, e também dos resultados negativos dos respectivos PIBs de países europeus, já impactados pelo novo coronavírus. Em meio a todos esses dados, quase todos os mercados internacionais fecharam em queda. Nesse cenário, o mercado asiático foi o único que conseguiu escapar.

Balanço Bradesco
O Bradesco viu seu lucro líquido recorrente encolher 39,8% no primeiro trimestre deste ante o mesmo período de 2019 ano em meio à pandemia do novo coronavírus, o que empurrou a cifra no período para R$ 3,753 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, a queda foi ainda maior, de 43,5%. Pesou nos resultados, sobretudo, o reforço de R$ 2,7 bilhões em provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, feitas no período por causa da covid-19.

Cenário internacional
Um dia após os Estados Unidos divulgarem contração de quase 5% no PIB, na zona do euro, França e Itália informaram dados semelhantes, em meio à pandemia do novo coronavírus. O Produto Interno Bruto (PIB) do bloco encolheu 3,8% no primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, sofrendo a maior contração da série histórica iniciada em 1995, segundo dados preliminares divulgados pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat.

Nesse cenário, ficaram em segundo plano, os dados que indicaram a deterioração da manufatura na China. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa recuou de 52 em março para 50,8 em abril, enquanto o PMI equivalente da IHS Markit e Caixin Media diminuiu de 50,1 para 49,4 no mesmo período. Ambos ficaram próximos da barreira de 50, que separa expansão de contração na atividade manufatureira.

Enquanto isso, nos EUA, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), anunciou uma expansão do programa de crédito para incluir mais empresas, após diminuir o piso para US$ 500 mil. Além disso, o órgão informou que continuará dando continuidade aos demais programas de estímulo, para ajudar a economia americana a se recuperar da crise gerada pelo coronavírus.

Mercados internacionais
As Bolsas asiáticas foram as únicas a apresentar ganhos nesta quinta. No Japão, o índice Nikkei subiu 2,14%, com o bom desempenho de ações de montadoras e de fabricantes de eletrônicos. Na China continental, o Xangai Composto avançou 1,33% e o menos abrangente Shenzhen Composto, se valorizou 1,88%. Em Taiwan, o Taiex registrou ganho ainda mais expressivo, de 2,04%. Já as bolsas de Hong Kong e da Coreia do Sul permaneceram fechadas em função de feriados locais. Na Oceania, o S&P/ASX 200 avançou 2,39% em Sydney, atingindo seu maior patamar desde 9 de abril.

Na Europa, assim como no Brasil, o dia foi de perdas. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 2,03%, enquanto na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 3,50%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,22% e em Paris, o índice CAC 40 recuou 2,12%. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB fechou em queda de 2,09% e o índice IBEX 35 de Madri, caiu 1,89%. Já na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 recuou 0,62%.

Os resultados negativos também recaíram sobre as Bolsas de Nova York, mas ao contrário do mercado europeu, as quedas foram mais tímidas. O Dow Jones fechou com perda de 1,17%, o S&P 500 recuou 0,92% e o Nasdaq caiu 0,28%./SERGIO CALDAS, NICHOLAS SHORES, GABRIEL BUENO DA COSTA, IANDER PORCELLA, FELIPE SIQUEIRA E MAIARA SANTIAGO.

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