Economia

Apesar da queda do petróleo, mercados internacionais operam em alta

Entre a notícia positiva da retomada da economia e o cenário preocupante de queda dos preços do petróleo, os investidores optaram pelo otimismo. Os negócios na terça-feira (28) estão, de novo, começando no terreno positivo, devido a novas notícias de reabertura e de recuperação da economia.

Dados do varejo nos Estados Unidos mostram que o movimento nas lojas aumentou à medida que alguns Estados americanos começaram a suspender as restrições impostas ao combate à pandemia de coronavírus. Os americanos fizeram mais de 103 milhões de visitas ao comércio na sexta-feira, 25 de abril, ante 86 milhões de visitas na sexta-feira anterior. O tráfego nacional nos “pontos de interesse” do varejo saltou no sábado para o nível mais alto desde 20 de março. O levantamento usou informações de geolocalização de telefones celulares para estimar a frequência às lojas.

Notícias como essa animam os mercados. Os contratos futuros do índice de ações S&P 500 estão subindo mais de 1,5%, acima de 2.900 pontos nesta manhã. Na Europa, o índice alemão Dax avança mais de 1,5%, e o índice inglês FTSE sobe quase 2%.

Os investidores também estão aguardando uma reunião de política de dois dias do Federal Reserve que começa hoje, embora as expectativas sejam baixas para mais flexibilização do banco central neste momento.

Queda de preços

O IPCA-15 de abril registrou uma deflação (queda de preços) de 0,01%, o menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em julho de 1994, informou na manhã desta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é 0,03 ponto percentual abaixo da registrada em março, de 0,02%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,94%. Em 12 meses, a variação acumulada foi de 2,92%, abaixo dos 3,67% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2019, a taxa havia sido de 0,72%.

O recuo de 5,41% nos preços da gasolina, de 9,08 por cento nos preços do etanol e de 4,65% nos preços do óleo diesel levaram a uma queda de 5,76% dos combustíveis.

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M)1 variou 0,18% em abril, queda de 0,2 ponto percentual em relação aos 0,38% de alta em março. A taxa do índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,38% em abril, ante 0,35% em março. O índice referente à Mão de Obra não variou em abril, após ter subido 0,40% em março, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Indicadores de confiança

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 31,7 pontos em abril, para 51,1 pontos, atingindo o menor nível da série histórica iniciada em junho de 2008. O resultado contribui com uma perda acumulada de 45,1 pontos no ano, informou a FGV. O ICS caiu em todos os 13 segmentos da pesquisa.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) caiu 29,7 pontos para 55,5 pontos, o menor nível histórico pelo quarto mês consecutivo. A baixa de 29,7 pontos levou o indicador a 55,5 pontos, o menor nível histórico. O Índice de Expectativas (IE-S) despencou 33,5 pontos, para 47,3 pontos, atingindo também o menor nível histórico. A última vez que o índice atingiu um mínimo histórico foi em setembro de 2015 (63,8 pontos).

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 25,8 pontos em abril, atingindo 65,0 pontos. Essa é a maior queda mensal e o menor valor do índice desde o início da série histórica, segundo a FGV. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 35,6 pontos para 59,9 pontos, o menor valor da série histórica.

O indicador de demanda prevista caiu 37,6 pontos para 58,5 pontos e o indicador da tendência dos próximos seis meses caiu 33,2 pontos, para 61,6 pontos. Ambos os indicadores atingiram o seu mínimo histórico. A intenção dos empresários da construção de contratar também foi bastante afetada. O Indicador de Emprego Previsto (EP) caiu 33 pontos em abril na comparação com março.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor apresentou recuo de 12,0 pontos percentuais, para 57,6%, menor valor da série histórica.

A animação dos mercados internacionais continua estimulando altas no mercado doméstico. Os contratos futuros de Ibovespa estão iniciando a terça-feira (28) acima de 80 mil pontos, com uma alta superior a 2%.

 

Redação Mercado News

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