O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 27, que “interferir na Polícia Federal é crime”. Sobre a destituição do diretor-geral da organização, Maurício Valeixo, publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira, 24, pelo presidente Jair Bolsonaro, Doria disse: “a Polícia Federal deve ser respeitada”.
“O Brasil rejeitou a república dos companheiros e o mesmo Brasil rejeita a república dos amigos. Não devemos ser condescendentes nem com os companheiros nem os amigos nestas circunstâncias”, completou Doria. Entre os cotados para assumir o posto está o atual presidente da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, amigo pessoal de um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro.
Segundo Doria, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, “a PF não é pessoal nem familiar”. “Transmito a minha solidariedade a todos os integrantes da PF que ajudaram a ganhar a respeitabilidade da opinião pública brasileira ao longo da (Operação) Lava Jato com a cooperação do ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro”, completou o governador tucano. Ao pedir demissão do cargo de ministro da Justiça na sexta-feira, Moro afirmou que Bolsonaro tenta interferir nas investigações da PF.
Por Pedro Caramuru, Gabriel Caldeira e Elizabeth Lopes
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