Os preços de alimentos que compõem a cesta básica subiram em média 1,86% entre 23 de março e 22 de abril, período afetado pelas medidas de distanciamento social para conter o coronavírus, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre 8 de fevereiro e 7 de março, esses itens tinham registrado, em média, deflação de 0,06%, segundo a instituição.
Entre os itens que mais aceleraram no período estão o feijão carioca (-1,45% para 8,62%), feijão preto (-2,73% para 8,13%), batata inglesa (0,33% para 13,69%) e leite longa vida (-1,10% para 7,55%), de acordo com a FGV.
“As famílias passaram a fazer todas as refeições em casa e pedir comida em restaurante custa mais caro”, afirma o coordenador dos Índices de Preços ao Consumidor (IPC), André Braz. Ele cita, no entanto, que outros fatores ajudam a elevar os preços de alimentos.
“Tivemos uma safra de feijão menos expressiva, por isso os preços avançaram tanto. A desvalorização cambial também colaborou, pois atua sobre o preço das commodities. Se o trigo fica mais caro, aumenta o preço dos derivados como o pão francês”, diz o economista.
Por Cícero Cotrim
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