Os ativos brasileiros registram importante deterioração nos negócios desta manhã, com todas as atenções voltadas ao ministro da Justiça e Segurança Pública, que pode anunciar sua saída do governo em entrevista coletiva marcada para as 11 horas. O Índice Bovespa opera com queda em torno de 5%.
De acordo com o blog do jornalista Fausto Macedo, Moro vai anunciar sua demissão do cargo com uma declaração bastante contundente a respeito da sua decisão de deixar o governo após o presidente Jair Bolsonaro impor um nome para comandar a Polícia Federal.
A demissão de Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral foi publicada na manhã de hoje no Diário Oficial da União. Já o blog BR Político afirma que, juntamente com a saída do governo, o ex-juiz da Lava Jato deve já dar o recado do que será sua atuação daqui para a frente, e explicitar as razões que o levaram a deixar o cargo.
Em meio ao clima adverso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou a live que faria às 10h30 para o Itaú Personnalité. A desistência foi anunciada poucos minutos antes do início do evento, que já contava com mais de 3 mil pessoas conectadas. No mercado, o temor é que Guedes seja o próximo a sair do governo, o que ampliaria ainda mais a crise política.
Às 10h53, o Ibovespa tinha queda de 4,78%, aos 75.863,49 pontos. Na mínima do dia, chegou a cair 5,01%. As bolsas americanas abriram em alta leve, sem forças para limitar as perdas por aqui. Na análise por grupos de ações, as piores quedas estão localizadas em papéis do setor imobiliário e de consumo. As ações de varejo recuam mesmo com a expectativa de retomada gradual de atividades, esperada para breve. Lojas Renner e Lojas Americanas, por exemplo, amargam perda de mais de 7%.
Para o estrategista Jefferson Laatus, o cenário atual é péssimo e será refletido nos negócios com ações, como já mostra o índice futuro. “A saída de Moro representaria o desmonte do ‘ministério dos sonhos’ do governo Bolsonaro. Muitos votaram em Bolsonaro por causa de sua equipe e ela está se desmontando”, afirma. Para Laatus, mesmo que Moro anuncie que vai ficar no ministério, nada muda em termos de cenário.
No noticiário macroeconômico, destaque na última hora para o dado das transações correntes de março. Segundo o Banco Central, houve superávit de US$ 868 milhões no período, após déficit de US$ 3,904 bilhões em fevereiro. O número do mês ficou dentro do levantamento realizado pelo Projeções Broadcast, que tinha intervalo de déficit de US$ 2,550 bilhões a superávit de US$ 1,321 bilhão (mediana negativa de US$ 300 milhões). Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 7,621 bilhões em março, acima das estimativas, que iam de US$ 4,700 bilhões a US$ 7,100 bilhões, com mediana de US$ 6,500 bilhões.
Por Paula Dias
Três entidades financeiras que representam instituições de pequeno e médio portes divulgaram nesta sexta-feira, 22,…
A Paper Excellence apresentou recurso para suspender a decisão da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de…
A presidente da Petrobras disse nesta sexta-feira, 22, que, existindo "garantia de viabilidade" para o…
Os clientes do Banco do Brasil investiram R$ 4,7 milhões no Tesouro Direto utilizando o…
A Bosch anunciou nesta sexta-feira, 22, que irá cortar cerca de 5500 cargos nos próximos…
A Getnet, empresa de maquininhas de origem brasileira e que pertence ao Grupo Santander, anunciou…