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Bolsas da Europa fecham em baixa, com impactos econômicos da pandemia

As bolsas europeias fecharam em território negativo nesta sexta-feira, 24. Além de indicadores que continuam a mostrar os impactos da pandemia de coronavírus, foi monitorada o noticiário segundo o qual alguns testes de medicamentos para a doença não mostravam êxito.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,10%, em 329,59 pontos, com recuo semanal de 1,16%.

Na agenda de indicadores, as vendas no varejo do Reino Unido recuaram 5,1% em março na comparação com fevereiro. A queda é recorde, mas analistas projetavam resultado ainda pior, baixa de 6,0%. Na Alemanha, o índice de sentimento das empresas da Alemanha caiu de 85,9 em março a 74,3 em abril, na nova mínima histórica, ante previsão de 80 pontos. Além disso, o papel da Gilead Sciences negociado em Londres recuou 7,81%, após notícia sobre o fracasso de um medicamento da companhia em testes para tratamento de coronavírus.

A Capital Economics comenta que, diante da fraqueza dos dados em abril, a retirada de algumas restrições por alguns países europeus ao longo da última semana tem dado certa esperança de que este mês possa ser o pior. A consultoria alerta em relatório, porém, que a recuperação na atividade levará tempo e dependerá do apoio político. “E com os líderes da União Europeia com dificuldade de chegar a um acordo, o ônus caberá ao Banco Central Europeu”, acredita a Capital, prevendo que o BCE eleve suas compras de ativos na próxima semana.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou com baixa de 1,28%, em 5.752,23 pontos, com queda de 0,60% na comparação semanal. Hoje, a mineradora Anglo American recuou 0,65% e a Antofagasta, 1,05%, a petroleira BP perdeu 2,83% e, entre os bancos, Barclays caiu 2,20%.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 1,69%, a 10.336,09 pontos, com baixa de 2,73% na semana. Deutsche Bank caiu 6,76%, mas no setor de energia E.ON ganhou 0,81%.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 fechou em queda de 1,30%, em 4.393,32 pontos, registrando recuo semanal de 2,35%. Total caiu 1,73%, Crédit Agricole perdeu 3,20% e BNP Paribas, 3,06%.

O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, recuou 0,89%, a 16.858,89 pontos. Entre os bancos italianos, Intesa Sanpaolo caiu 2,93% e BPM, 3,63%.

Em Madri, o índice IBEX 35 fechou em baixa de 1,97%, em 6.613,90 pontos. No caso dos papéis mais negociados, Abengoa B subiu 5,17%, mas Santander caiu 4,66%. BBVA, por sua vez, recuou 4,11%. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 recuou 0,88%, a 4.112,48 pontos.

Por Gabriel Bueno da Costa

Estadão Conteúdo

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