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Bolsonaro comparece a ato pela intervenção militar

(Foto: Evaristo Sá / AFP)

Na tarde deste domingo (19), o Presidente da República Jair Bolsonaro participou de manifestação contra o Congresso Nacional e pela edição de um novo AI-5, em referência à intervenção, em 1964, e ditadura militar, aprofundada em 1968 com o AI-5, no Brasil.

Em frente ao Quartel-General, em Brasília, apoiadores do presidente ignoraram as recomendações de evitar aglomerações e interagiram com Bolsonaro, que afirmou não querer “negociar nada” e criticou novamente a “velha política”. Ainda, pediu para que seus eleitores “lutem com o seu presidente”. Na manifestação, foram ouvidos gritos de “Fora, Maia”, “Fecha o Congresso” e “Fecha o STF”, todas palavras de ordem consideradas antidemocráticas.

O presidente foi novamente criticado por uma grande parcela da classe política e jurídica do país. Ministros do STF, de diferentes linhas doutrinárias, repudiaram a manifestação e o comparecimento do presidente. O presidente do Supremo, Dias Toffoli, não se pronunciou.

A presença de Bolsonaro no ato tem como objetivo reforçar suas conexões com a base eleitoral mais radical que o elegeu. Por outro lado, o presidente vai se isolando cada vez mais politicamente. Tal condição diminui a cada dia sua governabilidade e deixa o caminho das reformas mais longo e improvável. Além disso, novamente ignora-se as recomendações mundiais para a saúde em um momento delicado como o atual.

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