Economia

Após quedas, Bolsa volta a fechar em alta, aos 78 mil pontos; dólar fica em R$ 5,23

A Bolsa de Valores de São Paulo abriu em alta nesta sexta-feira, 17, e se manteve estável, após uma semana de sucessivas perdas. Como resultad0, a B3 encerrou o pregão em alta de 1,51%, aos 78.990,29 pontos. Já o dólar teve um leve recuo de 0,38% e fechou cotado a R$ 5,23 – resultado que traz alívio após as altas do dia.

O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, acompanha nesta sexta a alta generalizada dos mercados da Europa e da Ásia. Poucos momentos após a abertura, às 10h30, a B3 subia aos 79.892,42 pontos – resultado que também marcou a máxima do dia. No entanto, no final da manhã, a Bolsa começou a perder o ritmo de alta e teve uma leve queda, às 15h16, batendo na mínima do dia, aos 77.742,89 pontos. Contudo, os ganhos foram retomados no final da tarde e o índice voltou aos 78 mil pontos.

De modo geral, a semana foi mista para a B3. Na segunda-feira, 13, ela fechou em alta de 1,49%, aos 78.835,82 pontos – resultado que se manteve na terça-feira, 14, ao fechar com ganho de 1,37%, aos 79.918,36 pontos. No entanto, já na quarta-feira, 15, o índice cedeu e fechou em queda de 1,36%, aos 78.831,46 pontos. O que aconteceu também na quinta-feira, 16, com a B3 fechando em baixa de 1,29%, aos 77.881,85 pontos.

Já o dólar abriu o dia em queda de quase 1%, perdendo o patamar de R$ 5,25, valor do fechamento da última quinta. Na mínima do dia, a moeda americana era cotada a R$ 5,20. Porém, ao final da manhã, o dólar retomou o movimento de valorização e chegou a bater em R$ 5,27, na máxima do dia – valor que começou a dar sinais de alívio apenas no final da tarde.

No balanço, a semana foi de altas para a moeda americana. Na segunda, ela fechou cotada a R$ 5,18, na terça, a R$ 5,19, na quarta, a R$ 5,24 e na quinta, a R$ 5,25. Com os resultados – e considerando a máxima desta sexta -, o dólar volta novamente a se aproximar do seu recorde nominal (quando não se desconta a inflação), de R$ 5,32.

Apenas em 2020, moeda americana já possui uma valorização próxima de 30%. Em janeiro, no primeiro pregão do ano, no dia 2, a cotação do câmbio estava em R$ 4. A máxima nominal, quando não se desconta a inflação, que o dólar já atingiu frente ao dólar foi de R$ 5,32.

Isso acontece em meio a uma melhora do ambiente global na economia, já que os mercados internacionais têm altas expressivas e generalizadas, depois de relatos nos Estados Unidos indicarem que uma empresa americana pode ter desenvolvido um medicamento que teria eficiência contra o novo coronavírus, causador da covid-19.

Outro aspecto que tem gerado um tom positivo nos mercados é a perspectiva de reabertura dos Estados Unidos. O plano de ativação da economia apresentado pelo presidente Donald Trump a governadores, na noite de quinta-feira, 16, prevê que 29 Estados americanos estarão prontos para reabrir relativamente em breve, mas Trump não quer que Nova York e Nova Jersey reativem a economia cedo demais. O Estado de Nova York prorrogou as medidas de isolamento social até 15 de maio.

Petróleo
A commodity segue pressionada pela diminuição da demanda no mundo e pelo rápido aumento dos estoques nos Estados Unidos. Nesse cenário, as medidas anunciadas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+), não parecem ter surtido o efeito desejado e o petróleo segue em ritmo de queda nesta sexta.

Em resposta, às 15h50, o WTI para maio, referência no mercado americano, caiu 8,1% em Nova York, sendo negociado a US$ 18,27 o barril – este é o menor valor para o ativo desde janeiro de 2002, quando houve a guerra entre Estados Unidos e Iraque, e também uma greve geral do setor na Venezuela. Nesse mesmo horário, o Brent para junho, referência no mercado europeu, tinha um ganho modesto de 0,90%, sendo negociado a US$ 28,07 o barril.

Bolsas do exterior
Na China continental, os ganhos foram moderados: o índice Xangai Composto subiu 0,66% e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,34%. Em outras partes da Ásia, a valorização foi mais robusta. O japonês Nikkei saltou 3,15% em Tóquio; o sul-coreano Kospi garantiu alta semelhante, de 3,09% no pregão em Seul; o Hang Seng avançou 1,56% em Hong Kong e o Taiex subiu 2,14% em Taiwan. Na Oceania, a Bolsa da Austrália, principal mercado local, também ficou no azul, embora tenha reduzido pela metade os ganhos que exibiu em seu melhor momento na sessão. Como resultado, o S&P/ASX 200 avançou 1,31% em Sydney.

Em resposta ao noticiário internacional, as Bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta. Em Londres, o índice FTSE 100 avançou 2,82%, assim como em Frankfurt, com o índice DAX subindo a 3,15%. Em Milão, o índice FTSE MIB também teve ganho de 1,71%. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 0,08%, já em Madri, o IBEX 35 avançou 1,66%. Já o índice europeu Stoxx 600 encerrou a sessão em alta de 2,63%./ LUCIANA XAVIER, SILVANA ROCHA, SERGIO CALDAS E FELIPE SIQUEIRA

Estadão Conteúdo

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