O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse há pouco que ajuste fiscal neste ano deixou de ser uma prioridade diante da necessidade que União, Estados e municípios têm de gastar para combater os efeitos do coronavírus sobre a economia, que já vinha fraca.
De acordo com Mansueto, ajuste fiscal é um assunto para o próximo ano. “Precisamos retomar as reformas”, disse o secretário durante participação em uma transmissão ao vivo que a Necton Investimentos realiza neste momento.
Perguntado sobre a retomada do Programa de Privatizações, Mansueto disse que não se pode privatizar por privatizar. Para ele, se sai de uma crise fazendo um debate mais racional.
Mansueto disse também que só se saberá sobre qual tamanho de PIB o Brasil terá este ano nas próximas semanas. “É difícil dizer. Pode cair 2%, 3%, 5%”, disse o secretário do Tesouro. Para ele, o governo está se preparando para um lockdown de três meses, mas que nenhum País passou por isso. “Preferimos ajudar por três meses os Estados, mas se precisar, debateremos aumento”, disse o secretário.
O secretário também disse ainda que não vê o Tesouro com dificuldades para se financiar. “Temos colchão de liquidez. Confio no bom debate para chegarmos a um meio termo sobre a ajuda aos Estados”, disse.
Por Francisco Carlos de Assis e Lorenna Rodrigues
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