A recessão global provocada pelo coronavírus levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a reduzir de forma drástica as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, de uma expansão de 2,2% em 2020, realizada em janeiro, para uma retração de 5,3%. Para 2021, por outro lado, a estimativa de alta de 2,3% avançou para um crescimento de 2,9%, como aponta o documento Perspectiva Econômica Mundial. No quarto trimestre de 2020, o PIB deverá registrar uma contração de 5,8% ante o mesmo período de 2019.
O Fundo não divulgou as premissas que levaram a tais previsões e nem fez comentários sobre o cenário para a economia do Brasil até o final do próximo ano.
Um dos fatores que devem afetar a economia do País neste ano é a forte queda de preços de commodities gerada pelos impactos da covid-19 para a demanda agregada global.
O Fundo prevê que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil deverá registrar uma alta de 3,6% neste ano e elevação de 3,3% em 2021.
Para o déficit de transações correntes como proporção do PIB, o FMI estima que chegará a 1,8% em 2020 e alcançará 2,3% em 2021, com a volta da recuperação do nível de atividade.
Contudo, a aguda desaceleração econômica deverá levar a taxa de desemprego para 14,7% neste ano, que baixará para 13,5% no próximo, segundo o FMI.
Por Ricardo Leopoldo, correspondente
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