A AES Tietê (TIET3/TIET4/TIET11) informou, em fato relevante na noite da segunda-feira (13), que recebeu um conjunto de minutas de documentos preparados pela Eneva contendo a oferta de combinação de negócios com validade até 30 de abril.
Também via fato relevante divulgado ontem, a Eneva questionou a AES Tietê se haveria interesse na prorrogação do prazo e confirmou que há uma reunião do conselho de administração da Eneva convocada para o próximo dia 21 para tratar da operação.
A Eneva confirmou que a AES Tietê já tem conhecimento, em detalhe, dos termos propostos para a operação, inclusive quanto à estrutura para sua implementação.
A AES Tietê informou no comunicado que levará os documentos à análise do seu Conselho de Administração e de seus respectivos assessores contratados e que se manifestará a respeito de seu conteúdo bem como sobre a prorrogação do prazo.
Enquanto a AES Tietê parece se manter numa posição defensiva, a Eneva parte para o ataque. Ontem, esta informou que concluiu uma emissão de debêntures no valor de R$ 410 milhões, com prazo de um ano e custo de CDI + 2,5% ao ano.
A Eneva já tinha uma posição de caixa confortável de R$ 1,8 bilhão e a nova captação de debêntures é mais uma sinalização da capacidade financeira da companhia, que demonstra que tem condições de concretizar a fusão mesmo diante de nebulosidade do cenário devido à Covid-19. Por isso, os analistas esperam impacto ligeiramente positivo no curto prazo principalmente sobre as ações da Eneva (ENEV3).
Entretanto, a aquisição foi classificada como hostil pela AES Tietê e as empresas continuam a negociar sem previsão de conclusão. A proposta da Eneva é de pagamento de R$ 2,75 bilhões em dinheiro mais a troca de 91,9 milhões de ações.
Os executivos da Eneva entendem que se a assembleia de acionistas da AES Tietê não for convocada pelo conselho de administração, esta pode ser solicitada por um acionista relevante, como o BNDES. O banco é o maior acionista considerando o capital total da companhia, com 28 por cento, ante 24 por cento da subsidiária do grupo americano.
A combinação dos negócios pode ser excelente para ambas as companhias devido à complementaridade de seus negócios e altos ganhos de sinergia. Caso a fusão seja consumada, a nova companhia seria a segunda maior geradora de energia privada do País, com capacidade de geração de 6,2 mil megawatts (MW) e faturamento anual de R$ 5 bilhões.
Com a AES, além de aumentar a capacidade, a geração será mais diversificada. A matriz energética da nova empresa terá 44 por cento da energia obtida por meio de hidrelétricas, 44 por cento por térmicas, 7 por cento serão de energia eólica e os 5 por cento restantes serão de energia solar. Dessa forma, a Eneva poderá ofertar energia durante todo o ano e não somente quando as térmicas são acionadas.
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