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Previsão para o IPCA de 2020 sai de 2,72% para 2,52% no Focus do BC

Na esteira do avanço do novo coronavírus no Brasil, os economistas do mercado financeiro cortaram novamente a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) o índice oficial de preços em 2020 e 2021. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 13, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 2,72% para 2,52%. Há um mês, estava em 3,10%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,50%. Quatro semanas atrás, estava em 3,65%.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação já está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

A expectativa de inflação no curto prazo tem sido bastante afetada pela perspectiva de que, com a pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica seja fortemente prejudicada, com impactos negativos sobre a demanda por produtos e baixa da inflação.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu apenas 0,07% em março o menor porcentual para o mês desde o início do real, em 1994. No ano, a taxa acumulada está em 0,53%.

Top 5

No Focus desta segunda-feira, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 2,59% para 2,62%. Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,56% para 3,45%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,01% e 3,62%, nesta ordem.

No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,50%, igual ao visto um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 foi de 3,25% para 3,50%, ante 3,38% de quatro semanas antes.

Por Fabrício de Castro

Estadão Conteúdo

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