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Aneel adia reajuste de tarifa para elétricas

(Foto: Assessoria/Arquivo)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou por 90 dias o reajuste tarifário anual das distribuidoras de energia CPFL Paulista, subsidiária da CPFL Energia (CPFE3) e de duas subsidiárias da Energisa (ENGI11), lotadas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

O aumento – que seria de 6,05%, 6,9% e 2,47%, respectivamente, foi a pedido das próprias distribuidoras como forma de proteção aos clientes cativos, além do temor de uma elevação da inadimplência devido à queda nos níveis de emprego e renda da população em geral devido à crise causada pela pandemia do coronavírus e suas respectivas medidas de isolamento social.

Como parte do reajuste preconiza cobrir o aumento dos custos dos últimos meses, o adiamento do reajuste significa quedas no seu resultado operacional. Para compensar esse fator as empresas de distribuição poderão parcelar o pagamento das suas contribuições à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), uma espécie de fundo setorial.

De acordo com analistas, a notícia é negativa para ambas empresas no curto prazo, com impacto negativo no preço das ações (CPFE3 e ENGI3), visto que a medida funciona como um freio nas receitas dos próximos meses com apenas parte do custo no período sendo reduzida como forma de compensação. Porém, o adiamento não é capaz de comprometer a situação financeira e operacional de curto prazo de ambas as companhias.

No pregão de quarta-feira (8) as ações CPFE3 subiram 1% enquanto as units da ENGI11 avançaram 6,7%, ante a alta de 3% do Ibovespa.

As medidas anunciadas visam, sobretudo, uma forma de compartilhar os efeitos negativos dos próximos meses sem onerar os clientes mais vulneráveis na ponta final. Este movimento tem sido registrado nas últimas semanas em outros setores essenciais da economia, como o de saneamento básico. Nos próximos dias, outras empresas do setor devem acompanhar esta realidade de adiamento dos reajustes para os próximos meses.

O principal catalisador das ações das empresas de distribuição de energia elétrica é a duração da quarentena para combater a disseminação da Covid-19 e o seu impacto na economia e no consumo de energia elétrica.

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